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Jovem fica gravemente ferido em confronto entre moradores e PM em Pinheirinho, São Paulo

Moradores ocuparam o local em 2004 e resistem a sair de lá

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22/01/2012 às 14:48 • Atualizada em 02/09/2022 às 14:08 - há XX semanas
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Pelo menos uma pessoa ficou gravemente ferida durante um confronto entre moradores do Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, e a Polícia Militar segundo informações do portal UOL. A PM está no local para cumprir uma ordem de reintegração de posse da área. Segundo moradores, o confronto já deixou mortos, mas a informação não foi confirmada pela prefeitura de São Paulo. O rapaz que ficou gravemente ferido depois de ser baleado passou por cirurgia no Hospital Municipal. Pelo menos outros três feridos no confronto foram socorridos para hospitais da região. Em coletiva, o capitão Antero, da PM, negou que o disparo que atingiu a vítima tenha partido de policiais militares. O capitão informou que a PM está usando apenas gás lacrimogêneo, bomba de efeito moral e bala de borracha na operação, que começou na manhã de hoje. O clima no local é de tensão e conflito e a maioria dos moradores se recusa a sair, embora 30% do Pinheirinho já tenha sido desocupado, segundo fontes oficiais. Ao contrário do que foi noticiado pelo Uol e reproduzido aqui, o senador Eduardo Suplicy (PT) e o deputado federal Ivan Valente (PSol) não foram detidos durante negociação com a PM. Os dois desmentiram a notícia. Suplicy esteve no local ontem, mas hoje está na capital de São Paulo. A assessoria do deputado Ivan Valente disse pelo Twitter que ele está no Pinheirinho tentando conseguir uma solução via STJ, mas que em nenhum momento foi detido. Outros políticos, como os deputados Marco Aurélio e Carlinhos Almeida (PT), além de vereadores de São José, também estão no local. Carlinhos inclusive questionou a legalidade da ação acontecer em um domingo, quando muitos serviços públicos não funcionam, e pediu à Polícia Federal uma investigação sobre o uso de bala na operação. Cerca de 1.600 famílias vivem no terreno desde 2004. A área de mais de 1 milhão de metros quadrados pertence à massa falida da empresa Selecta, de Naji Nahas. A reintegração de posse do local é tema de disputa na Justiça, também. A juíza Roberta Monzi Chiari, da Justiça Federal, suspendeu a decisão da desocupação no dia 17 de de janeiro. Horas depois, outro juiz, Carlos Alberto Antonio Junior, cassou a liminar que suspendia a reintegração de posse. Na sexta (20), o Tribunal Regional Federal (TRF) suspendeu novamente a ordem de reintegração de posse.

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