O adolescente Itaberly Lozano Rosa, de 17 anos, que foi morto a facadas, relatou em um boletim de ocorrência, que era constantemente chamado de "veado desgraçado" por um tio materno de 33 anos. A mãe da vítima, Tatiana Ferreira Lozano, de 32 anos, confirmou autoria do crime. A informação é do ‘Folha de S. Paulo’.
De acordo com o boletim, que foi registrado em março de 2015, o jovem relatou que sofria diversas ameaças violentas do homem, inclusive de agressões física. No relato, ele contou que o tio o ameaçou atacar com faca por ser homossexual. Ele se dizia privado de sair de casa, por toda vez que encontrava o tio ser ameaçado.
Em um dos casos, que foi presenciado pela mãe, Itaberly tinha ido para uma festa e, por não ter 18 anos, precisou ser buscado por ela. Na ocasião, segundo o relato, o tio teria dito que iria pegá-lo e que não adiantaria a mãe ir buscá-lo.
Itaberly foi morto com três golpes de faca no dia 29 de dezembro do ano passado. O corpo foi localizado carbonizado em um canavial na semana passada. Ao assumir a autoria do crime, a mãe contou à polícia que tinha se desentendido com o filho.
O tio paterno do adolescente, Dário Rosa, contou ao jornal que acredita que a homofobia foi um dos motivos para a morte do sobrinho. Quando as discussões com a mãe aconteciam, Itaberly ia para a casa dele. Rosa contou também que a mãe queria se afastar do filho, por não aceitar a orientação sexual.
A mãe da vítima negou que a motivação do crime tivesse sido por não aceitar a sexualidade do filho. Ela disse que o único pedido era de que ele não levasse homens para casa deles, mas o jovem teria desconsiderado. Ela também contou que tinha medo que o adolescente pudesse fazer algum mal a ela e para o filho de quatro anos. A polícia investiga o caso.
A ocorrência de homofobia, de 2015, foi registrada no posto da Polícia Civil de Cravinhos, em São Paulo. Apesar do boletim, o delegado que apura o caso, procurado pelo jornal, diz que não acreditar que o crime tenha sido por homofobia.
Veja também: