Justiça arquiva processo sobre acidente com helicóptero

A Justiça da Bahia decidiu arquivar o inquérito sobre a queda de um helicóptero em junho de 2011 na praia de Trancoso, litoral sul da Bahia, que causou a morte de sete pessoas, entre elas duas crianças. A decisão foi porque se entendeu que o culpado pelo acidente foi o piloto do helicóptero, que também morreu na queda. A informação é do Jornal Nacional. Entre as vítimas estavam a estudante de 22 anos Mariana Noleto, namorada do filho do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o menino Gabriel, filho do cantor da banda Biquíni Cavadão, Bruno Gouveia. Morreram ainda a mulher do empresário Fernando Cavendish, Jordana Kfuri, o filho do casal, Luca, de 3 anos, Fernanda Kfuri - mãe de Gabriel e ex de Bruno Gouveia -, a babá baiana Norma Batista de Assunção e o empresário Marcelo Mattoso Almeida, que pilotava o helicóptero. De acordo com reportagem do Jornal do Brasil, o inquérito estava há quatro meses na Vara Criminal do Fórum da Comarca de Porto Seguro aguardando decisão do juiz André Marcelo Strogenski. A conclusão da Polícia Civil foi de que Marcelo Mattoso foi o responsável pelo acidente. Ele estava com a habilitação vencida e decidiu voar mesmo com condições meteorológicas adversas. Para conseguir autorização para voar, ele usou o registro de outro profissional junto ao controle de voo. O piloto foi indiciado por homicídio culposo. Na semana passada, o juiz já havia antecipado ao JB a tendência ao arquivamento, mas disse que isso não impede as famílias das vítimas a moverem ações de indenização contra a União, por falta de fiscalização dos órgãos competentes - o empresário estava com a carteira de piloto vencida há 6 anos e continuava voando. Em 2011, a Justiça do Rio chegou a determinar o bloqueio dos bens do empresário para garantir fundos para o pagamento de possíveis indenizações. A autora da ação contra o espólio do empresário foi Mara Jacobi Kfuri, que perdeu as filhas Jordana e Fernanda e os netos Luca e Gabriel no acidente. AcidenteO acidente aconteceu na noite do dia 17 de junho de 2011, depois do helicóptero decolar do aeroporto de Porto Seguro para um voo que seria de 10 minutos. O motivo da viagem era a festa de aniversário do empreiteiro Fernando Cavendish. O governador Sergio Cabral e o filho Marco Antonio também participavam da viagem. Eles haviam deixado o Rio na tarde de sexta (17). Ao chegar a Porto Seguro, na Bahia, o grupo iria embarcar em um helicóptero até Trancoso. A aeronave, que não tinha capacidade para levar todos, tinha previsão de fazer duas viagens. Na primeira foram as mulheres e crianças do grupo. Foi quando o helicóptero, com sete pessoas, caiu. Matéria original: Correio 24h Justiça arquiva processo sobre acidente com helicóptero que matou 7 em Trancoso