A lei que prevê o início do tratamento do câncer em até 60 dias após o diagnóstico no Sistema Único de Saúde (SUS) está em vigor há um ano e cinco meses, mas não está sendo cumprida à risca. Uma pesquisa encomendada pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) revelou que, até julho, 7.157 pacientes estavam inscritos no Siscan, sistema de registro que deve reunir o histórico do paciente e o seu tratamento. Esse valor representa pouco mais de 1% do total de casos novos de câncer (576 mil) registrados no país, segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional do Câncer). Veja também: Blogueira brasileira que lutava contra câncer morre nos Estados UnidosA pesquisa foi feita em 54 secretarias estaduais de Saúde, hospitais e instituições que tratam câncer, de abril a junho. Dos pacientes inscritos, só 60% iniciaram o tratamento em até 60 dias após o diagnóstico, como diz a lei. Para os outros 40% foram mais de 60 ou até mais de 90 dias. Até maio, o sistema funcionava em apenas 27% dos municípios brasileiros (1.546). Outro fator limitante é o fato de que só 34% das unidades básicas de saúde possuem acesso à internet, recurso fundamental para o registro e acompanhamento dos casos.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade