Mais de 22 mil armas de fogo foram recolhidas pela Campanha Nacional do Desarmamento

Em quatro meses de campanha, o governo recolheu 22,2 mil armas de fogo em todo o território nacional com a Campanha Nacional do Desarmamento, de acordo com balanço divulgado hoje, 12 de setembro. O número é 20 vezes maior do que o total de armas recolhidas entre janeiro e abril deste ano. Com o objetivo de reduzir a violência no Brasil e mobilizar a sociedade brasileira para retirar de circulação o maior número de armas de fogo possível, a campanha entra hoje (12) em sua segunda fase. Desde 6 de maio até o início de setembro, foram entregues 18.489 armas de pequeno porte, sendo 10.808 revólveres. Em relação às armas de grande porte, foram recolhidas 3.734, sendo aproximadamente 67% espingardas. Os estados com o maior número de armas de fogo recolhidas são São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais. Na primeira campanha de desarmamento, ocorrida em 2004/2005, foram recolhidas mais de 570 mil armas. Já na campanha de 2008, houve a regularização de 500 mil.[youtube maFmnw059xU] A Campanha “É uma campanha que vem se caracterizando pelo anonimato, pelo pagamento mais rápido das indenizações e pela destruição imediata das armas, para que possamos dar certeza de que elas não vão voltar às ruas, para a criminalidade”, explica Luiz Paulo Barreto, secretário executivo do Ministério da Justiça. Segundo Barreto, onde há mais entrega de armas de fogo, há maior redução da criminalidade e de homicídios. Para entregar a arma de fogo, a pessoa deve tirar uma guia de trânsito para o transporte da arma, disponível no site da Polícia Federal, e então se dirigir a um posto cadastrado ou a uma delegacia da Polícia Federal ou da Polícia Rodoviária Federal. Ao entregar a arma, o cidadão recebe um protocolo do Banco do Brasil, composto de 16 dígitos, e uma senha de quatro dígitos cadastrada na hora, o que lhe dá direito a uma indenização, que varia de R$ 100, R$ 200 e R$ 300, a depender do tipo de arma. Não é necessário identificar-se para entregar as armas. O Banco do Brasil liberou em julho cerca de R$ 1,1 milhão para pagar 10,4 mil pedidos de indenização a quem entregou armas nos postos de coleta. Mais informações podem ser encontradas no site oficial da Campanha Nacional de Desarmamento, que também informa os postos credenciados para entrega voluntária na Bahia. *Com informações da Agência Brasil e do Ministério da Justiça