A inadimplência atingiu 63,6 milhões de consumidores brasileiros no primeiro semestre e uma pesquisa, realizada pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), revela que 84% dos trabalhadores entrevistados enfrentam dificuldades quando o assunto é dinheiro e sofrem prejuízos por não entenderem de finanças.
O levantamento, feito em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Instituto de pesquisa Axxus, mostra que somente 16% das pessoas empregadas são capacitadas financeiramente, ou seja, conseguem pagar contas com o remuneração mensal e planejam gastos com antecedência.
Para o presidente da Abefin, Reinaldo Domingos, as dificuldades financeiras e a incapacidade de planejamento afetam a produtividade dos trabalhadores.
— Os dados apresentados são realmente preocupantes para as empresas, sendo que essa dificuldade, mais cedo ou mais tarde, poderá ter reflexo na produtividade dos profissionais. Pois, ao se endividarem, eles perderão o foco no trabalho, muitas vezes receberão ligações de cobradores ou buscarão alternativas. Estarão mais nervosos e, em casos extremos, forçarão a demissão para quitar as dívidas com o dinheiro da rescisão contratual — observou Domingos.
Foram entrevistados dois mil funcionários de cem empresas, dos mais diferentes níveis hierárquicos, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul e Amazonas, além do Distrito Federal.
Controlar as finanças é um desafio para 45% dos brasileiros, segundo uma pesquisa feita pelo SPC Brasil e pelo Clube dos Diretores Lojistas (CDL). Além disso, 31% dos consumidores são inseguros para lidar com o dinheiro.
— É preciso fazer um orçamento doméstico, inclusive, com uma planilha, que é uma forma simples de controlar e acompanhar as despesas da família e o que entra e sai de dinheiro todo mês — destacou Pablo Nemirovsky, superintendente de Serviços ao Consumidor da Boa Vista.
O presidente da Abefin, Reinaldo Domingos, ressalta a importância de guardar dinheiro e poupar:
— Primeiro é preciso diagnosticar os gastos. Depois dessa análise, é hora pensar em algum sonho, objetivo, que faça você querer economizar aquele dinheiro — destaca o educador financeiro.
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Redação iBahia
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