Duas semanas após dizer que seria oposição qualquer que fosse o próximo presidente eleito, a ex-senadora Marina Silva (Rede) declarou nesta segunda-feira apoio ao candidato Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições. Apesar do apoio, a ex-ministra fez duras críticas aos dirigentes do PT.
Em nota pública, Marina escreveu que vê no projeto político de Jair Bolsonaro (PSL) "risco imediato" contra a "estrutura de proteção ambiental", "os direitos e a diversidade existente na sociedade" e "as regras democráticas".
Em texto duro, Marina também faz críticas a dirigentes petistas que, segundo ela, "construíram um projeto de poder pelo poder, pouco afeito à alternância democrática", que infla realizações e não reconhece erros. E termina dizendo que a candidatura petista "pelo menos" "não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres". A nota termina declarando voto crítico e reafirma que seu partido será oposição em qualquer resultado
Marina Silva, que obteve mais de 22 milhões de votos como terceira colocada na eleição presidencial de 2014, terminou o primeiro turno deste ano em oitavo lugar, com pouco mais de um milhão. A Rede terá em 2019 uma deputada federal e cinco senadores no Congresso.
Menos de uma hora depois, Fernando Haddad agradeceu o apoio pelo twitter. Os dois conviveram como ministros do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante dois anos.
"O voto de Marina Silva me honra por tudo que ela representa e pelas causas que defende. Nossa convivência como ministros foi extremamente produtiva e até hoje compartilhamos amizades de brasileiros devotados à causa pública. Esse reencontro democrático me enche de orgulho".
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Redação iBahia
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