Maurício de Sousa, o criador da Turma da Mônica, perdeu a disputa pela Cadeira 8 da Academia Brasileira de Letras. Por 35 votos a dois, o escritor foi superado pelo filólogo Ricardo Cavaliere, de 69 anos.
Após ser eleito para a cadeira antes ocupada pela escritora Cleonice Berardinnelli, Cavaliere celebrou a vitória.
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"Todos nós que temos uma trajetória de vida dedicada à pesquisa e ao ensino dentro das letras, que resultam no ingresso na Academia Brasileira de Letras, claro que nos sentimos muito felizes, realizados e dispostos a trabalhar mais ainda dentro da nossa profissão".
Já Mauricio de Sousa publicou um vídeo nas redes sociais parabenizando a candidatura de Ricardo Cavalieri, os votos que recebeu e o apoio durante a campanha.
"Quero parabenizar o novo acadêmico Ricardo Cavalieri por sua entrada na ABL. Nesse processo, todos que amam quadrinhos, eu incluído, ganhamos quando tanto se discutiu sobre a importância dos quadrinhos, seu papel fundamental na formação de leitores e como eles podem contribuir, de diversas formas, com a literatura. Agradeço de coração os apoios que recebi nesta campanha e aos que me honraram com seu voto, acreditando na minha proposta para a ABL. Continuarei nesta ideia de trabalhar e aprender com os acadêmicos, assim como vem acontecendo na Academia Paulista de Letras", escreveu Mauricio.
Muito obrigado por todo apoio! pic.twitter.com/z0wkcgRB2f
— Mauricio de Sousa (@mauriciodesousa) April 27, 2023
A candidatura para a vaga foi marcada por um polêmica do jornalista James Akel, que também disputava o lugar com Mauricio de Sousa. Em entrevista à "Veja", Akel afirmou que "gibi não é literatura". O cartunista rabteu a crítica ao g1, dizendo ter ficado espantando com a repercussão.
Fiquei até assustado com a dimensão que tomou pela repercussão positiva. Significa que não errei tanto", afirmou.
Apesar de ter perdido a vaga, Mauricio de Sousa poderá concorrer em outras oportunidades, assim como Cavaliere participou de outra eleição.
