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Meninas que fumam devem se preocupar com infertilidade

De acordo com dados de 2009 do Ministério da Saúde, praticamente uma em cada quatro meninas é fumante

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11/07/2012 às 21:32 • Atualizada em 30/08/2022 às 13:14 - há XX semanas
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Uma dos riscos à saúde do hábito de fumar cigarro é a infertilidade. Uma vez que praticamente uma em cada quatro meninas é fumante, de acordo com dados de 2009 do Ministério da Saúde, este vício pode gerar um grande impacto ao atingirem a idade adulta e pensarem em ter filhos. “O cigarro é um dos grandes vilões da reprodução humana. Dado comprovado em diversos estudos, a prevalência da infertilidade em fumantes é maior do que em não fumantes”, diz Assumpto Iaconelli, médico ginecologista e diretor do Fertility – Centro de Fertilização Assistida, em São Paulo. Os mais de mil componentes distintos presentes em um único cigarro são responsável pelos malefícios à saúde, segundo o especialista em fertilização assistida. Apesar do maior impacto estar relacionado ao coração e aos pulmões, estudos comprovam que a queda de fertilidade é uma consequência do fumo. “O tabaco – assim como algumas drogas ilícitas, como a maconha, a cocaína e o crack – tem o poder de retardar a gestação, antecipar a menopausa e aumentar as alterações menstruais. Quanto mais tempo a mulher fuma, maior é o impacto na saúde dos seus ovários, com destruição folicular, alteração das características fisiológicas tubárias, alteração nas taxas hormonais, interferência na gametogênese e fertilização, bem como dificuldade na implantação do óvulo – uma vez que o endométrio também sofre agressões. Esse é um dos motivos que expõem as adolescentes fumantes a um risco aumentado que talvez ainda nem se dêem conta”, diz Iaconelli. Fertilização assistidaAo fazer um tratamento de fertilização assistida, o homem e a mulher devem fazer esforços para parar de fumar. Afinal, as causas que costumam dificultar uma gravidez geralmente se referem igualmente a homens e mulheres, sendo 40% associados a eles, 40% a elas e 20% ao casal. “Esse vício representa menor taxa de fertilização, resultando em prejuízo nas taxas de nascimento e, muitas vezes, obrigando o casal a se submeter ao dobro de tentativas de fertilização in vitro”, diz o médico. “Outro impacto relevante diz respeito ao embrião, já que o cigarro diminui qualidade e quantidade de embriões por ciclo e pode exigir um prolongamento da estimulação ovariana”.

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