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Mesário critica desigualdade e divide opiniões

O estudante de Direito diz que aproveitou o intervalo de almoço para acessar a internet e decidiu escrever sobre o que viu

Redação iBahia • 03/10/2016 às 9:36 • Atualizada em 27/08/2022 às 14:08 - há XX semanas

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Uma enorme discussão tomou conta da internet neste domingo de eleições, mas não por conta de um bate-boca entre políticos ou pela acirrada disputa ao segundo turno da Prefeitura do Rio. um post em que o mesário João Miguel Souza opinou sobre a realidade desigual dos votantes em sua seção, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, engajou internautas.
“Sobre ser mesário em Ipanema: 14 domésticas e babás já justificaram seus votos pq os patrões as fizeram ficar com seus filhos hoje. Isso só na minha seção. Isso só até agora. Cidadania também é privilégio”, escreveu o jovem, de 19 anos, que cumpre a função de mesário pela primeira vez. Ele escreveu a mensagem às 11h22, pouco menos de 5 horas antes de as portas da zona serem fechadas.
Ao EXTRA, o estudante de Direito diz que aproveitou o intervalo de almoço para acessar a internet e decidiu escrever sobre o que viu enquanto orientava eleitores que iam à seção para justificar seus votos.
— O que me incomodou foi que, num país em que o voto é obrigatório, as pessoas precisam deixar de votar porque têm a oportunidade de ganhar um dinheiro a mais. Além de precisarem do dinheiro, não querem ou não podem se indispor com o patrão. Essa lógica é uma forma de distorcer a democracia — explica.
O post já tem mais de oito mil compartilhamentos e centenas de comentários.
— Enquanto conversávamos, soube que muitas delas (as domésticas e babás) eram da Baixada, mulheres negras, acompanhadas por crianças brancas, filhas de seus patrões — afirmou.
A postagem abriu margem para uma enorme discussão. Enquanto muitos concordaram com a crítica, outros classificaram de “mimimi” as considerações do rapaz “Trabalhando, igual médicos, seguranças, policiais etc etc etc... Não vejo problema. Chato demais o mimimi. Tem sorte de terem emprego ainda”, escreveu um internauta. Enquanto isso, outro comentou “Brasil da senzala”, reverberando a opinião de João.
Outra pessoa acusou o autor do texto de “caçar” curtidas. “Será que essa história procede? Porque até pra justificar tem que sair de casa/serviço.. então, se vai sair.. porque não iria votar? Não sei se faz sentido esse post, ou se é mais alguém querendo propagar polêmica pra ganhar curtida”.

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