O Ministério da Saúde anunciou, na manhã desta quarta-feira, o fim do surto de febre amarela no país. Segundo a pasta, o último caso da doença foi registrado em junho deste ano. A informação foi divulgada pelo ministro Ricardo Barros durante um evento em Brasília para detalhar o novo boletim epidemiológico sobre a situação da febre amarela.
Desde o início do surto, em 1º de dezembro de 2016, até 1º de agosto de 2017, foram confirmados 777 casos e 261 óbitos por febre amarela. Para conter a transmissão, segundo o Ministério da Saúde, foram enviadas 36,7 milhões de doses da vacina para os estados brasileiros, ao longo deste ano.
“A situação, hoje, está sob controle, mas é fundamental que os estados e municípios se esforcem para aumentar as coberturas vacinais nas áreas com recomendação, seja com a busca ativa de pessoas não vacinadas ou por meio de campanhas específicas, envolvendo também as escolas. Além disso, é necessário manter as ações de prevenção, como o controle de vetor, capacitação de profissionais de saúde e intensificação das ações de vigilância de epizootias”, afirmou o ministro Ricardo Barros, durante a entrevista coletiva.
Conforme o balanço, a região Sudeste concentrou a maioria dos casos de febre amarela desde o ano passado, com 764 casos confirmados. A grande maioria deles na área Leste de Minas Gerais.
O diretor de vigilância das doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, João Paulo Toledo, disse que o fim do surto se dá pelo fim da sazonalidade da doença e pelo sucesso das ações de vigilância.
“Além do fim do período de maior número de casos, que é o verão, todo o empenho do Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios, resultou no controle do surto. Mas isso não significa que devemos encerrar as ações. A vacina está disponível para todos que moram ou viajam para as áreas com recomendação de vacinação”, explicou o diretor.
O ministro também apresentou o balanço dos casos e vacinação de influenza. Em 2017, foi registrada baixa circulação da doença no país. O número de casos teve redução de 81% em relação ao ano passado.
Em 2017, foram vacinadas 51,8 milhões de pessoas contra influenza, uma cobertura de 87,5% do público-alvo definido pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o Ministério, quem já foi vacinado contra febre amarela — em qualquer momento da vida — não precisa de dose de reforço. A vacina contra febre amarela é contraindicada para menores de 6 meses, pessoas imunossuprimidas e que tenham reação alérgica grave a ovo.
Veja também:
Leia também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!