O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta segunda-feira (8) que o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, tem adotado as “providências necessárias” em relação às denúncias de irregularidades na pasta.
No fim de semana, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, pediu demissão após a publicação de denúncias uma reportagem na edição deste final de semana da revista "Veja".
“Eu acho que nenhum ministério está isento de investigação e, desde que se encontre os responsáveis, eles devem ser punidos. E o ministro [Wagner Rossi] está tomando as providências que ele acha necessárias”, disse Sarney.
Segundo a revista, o secretário, auxiliar direto do ministro Wagner Rossi, tinha relações com um lobista que, de acordo com a publicação, atua dentro do ministério, Júlio Fróes, que teria um "escritório clandestino" dentro do ministério no qual prepararia editais, analisaria processos de licitação e defenderia os interesses de empresas nesses processos.
Segundo a publicação, Fróes se apresentava como representante do ministério e, em entrevista, afirmou conhecer o ministro Wagner Rossi e o secretário-executivo Milton Ortolan.
Em nota divulgada pela assessoria do ministério, Ortolan nega ter cometido irregularidades e pede que sejam feitas investigações "em todos os níveis considerados necessários".
Defesa
Sarney também lamentou a demissão do ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, que deixou o cargo na última quinta-feira (4). O presidente do Senado elogiou a indicação do ex-chanceler, Celso Amorim, para o comando da pasta.
“Eu acho que o ministro Celso Amorim tem uma bagagem de vida pública muito grande e ao mesmo tempo uma grande experiência. Acredito que foi uma boa escolha. Lamentei a saída do ministro Jobim porque também é um homem que estava fazendo um excelente trabalho”, afirmou Sarney.
Celso Amorim toma posse como ministro da Defesa na tarde desta segunda-feira, em cerimônia no Palácio Planalto. As informações são do G1.
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