Dados recentes da Receita Federal indicam que o fluxo migratório do Brasil para o exterior voltou a crescer este ano, após dois anos da pandemia.
Entre 1º de janeiro e 12 de julho deste ano, cerca de 14 mil brasileiros enviaram ao órgão a declaração de saída definitiva do país. Esse número representa quase 90% do total registrado ao longo de todo o ano passado.
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Questões financeiras, realizações pessoais, novas experiências. São muitos os motivos que podem ser reflexos dessa crescente de brasileiros indo morar no exterior.
Como é o caso do baiano Lucas Melo, que mora há cinco anos na Inglaterra e explica que, entre alguns motivos, os objetivos profissionais falaram mais alto na hora de deixar o Brasil
“Meu maior motivo foi o trabalho. Porque no Brasil eu tinha vários amigos que passava a vida estudando e ainda tinha aquela necessidade de trabalhar horas insanas, faculdade, de trabalho, e depois outro curso, e no final do dia recebia um salário mínimo e eu não iria me acomodar com isso, não era algo que eu estava disposto a fazer, me sacrificar para ter uma qualidade de vida que não era o que eu chamo de qualidade”, explicou.
Diferentemente de Lucas, a especialista de marketing Mariana Sotero, que deixou o Brasil para morar na Espanha, tomou a decisão por motivos pessoais, para reencontrar um grande amor. Atualmente, com a família estruturada, ela afirma que não pretende voltar para o país de origem.
“Tenho dois filhos, sou casada com essa pessoa que eu me reencontrar, então deu tudo certo. Por minha família, pela segurança da minha família, pela estabilidade da minha família e também por minha estabilidade, pela segurança que eu vivo aqui eu não penso mais em voltar ao Brasil”, afirmou.
As informações mais recentes do Ministério das Relações Exteriores, de 2020, apontam que, na época, a comunidade brasileira no exterior era estimada em 4,2 milhões. Esse foi o maior contingente registrado, pelo menos, desde 2009.
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