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Taís Reis, gerente de patrocínios culturais |
Atenção produtores e artistas baianos que buscam apoio para seus projetos. Um dos maiores programas de incentivo a produção cultural brasileira, o Petrobras Cultural, foi lançado nesta sexta-feira (17), no Rio de Janeiro, em evento com presença da ministra da Cultura, Ana de Hollanda. A iniciativa, que chega a sua nona edição, tem este ano uma verba recorde, distribuindo um total de R$ 67 milhões para projetos de todo país em 11 áreas culturais.
Clique aqui para conferir as áreas de seleção do Petrobras Cultural As áreas que vão receber maiores recursos são Cinema (produção de longa-metragem), com verba de R$23 milhões; Música (apoio a artistas, grupos ou redes musicais), com R$ 8 milhões; Teatro e Dança (manutenção de grupos e companhias de Teatro), com R$10,5 milhões e R$ 6,5 milhões, respectivamente. Há ainda apoios para museus, circulação de exposições, festivais de cinema de música, entre outros. Veja tabela abaixo. As inscrições da Seleção Pública já podem ser realizadas no site do programa (www.petrobras.com.br/ppc) e ficam abertas até o final do mês de outubro, com a divulgação dos resultados prevista para janeiro, nos projetos de festivais, e abril, para demais categorias. Depois de aprovados, os projetos devem ser inscritos e aprovados em leis de incentivo para receber as verbas da Petrobras. A expectativa é que sejam inscritos quatro mil projetos e que entre 150 e 200 sejam aprovados. Duas falas deram o tom e nortearam a proposta do programa e da política da Petrobras em parceria com Ministério da Cultura. Ana de Hollanda reforçou que “não dá para atender a todos com o programa e a intenção não é esta, porque a produção cultural deve ter sua independência. Apoiamos porque queremos ajudar a estimular as produções, mas não são prêmios para sustentá-las”.
Acesse o canal de cultura do iBahia Já o gerente-executivo de Comunicação Institucional da Petrobras, Wilson Santarosa, disse que “a Petrobras não participa de grandes shows e de eventos grandiosos com muito público, isso não nos interessa. Tudo que a gente faz é para pode escolher projetos que fomentam a cultura brasileira, com a maior diversidade possível”. Além dos projetos focados em Preservação e Memória e Produção e Difusão, a Petrobras, em parceria com o Ministério da Cultura, vai destinar R$ 23 milhões para uma Ação Extraordinária, que inclui apoio a 15 projetos, sendo oito deles em formato de editais. Entre eles estão os já conhecidos Projeto Pixinguinha, o Prêmio de Dança Klauss Vianna, o Prêmio Carequinha de estímulo ao circo e editais com focos específicos para culturas ciganas, indígenas e LGBT. Os valores destinados a cada um destes projetos ainda serão divulgados.
Novidades São três as maiores novidades da edição deste ano do programa. A primeira é criação de apoio específico para a circulação de exposições, que não existia nas edições anteriores do programa. Na área musical a mudança é que gravação de discos e DVDS e circulação de artistas estão concentrados, sem distinção, num mesmo item. Para música foi criado também o apoio a redes musicais. A inclusão deste item ainda é uma aposta da Petrobras, que "aguardada com bastante expectativa, pois não sabemos exatamente oque vai ser apresentado", disse em coletiva a gerente de patrocínios culturais da Petrobras, Tais Reis. A outra novidade do programa é que as companhias e grupos de teatro passam a receber apoio para três anos e não mais dois como anteriormente.
Regionalização |
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Petrobras Cultural abre inscrições para projetos |
Tanto na apresentação, que contou com a ministra Ana de Hollanda, além de representantes da Petrobras, quanto na entrevista coletiva, com a gerente Tais Reis, um dos temas mais reforçados foi a importância da regionalização do programa. No entanto, por mais que o objetivo propagado continue sendo o de descentralizar e beneficiar projetos de todo país, na prática isto ainda não acontece como desejado. A maioria de aprovados ainda é do eixo Rio-São Paulo. O número segue, no entanto, a lógica de inscritos, que também ainda é desproporcional, com 60% sendo de produtores do Centro-Sul do país. Em 2010, último ano que o Programa contemplou diversas áreas, foram 58% de projetos inscritos do Rio e São Paulo, contra apenas 5,8% da Bahia, por exemplo. O resultado de projetos contemplados segui a lógica, com 51% aprovados do Rio e São Paulo, contra quase 6% da Bahia. Entre os estados com maior número de inscritos, a Bahia foi o quinto colocado, ficando atrás de Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. "Não trabalhamos com cotas, nosso foco principal é a qualidade", afirmou Reis. Assim mesmo, a Petrobras pretende estimular que mais projetos fora do eixo sejam aprovados e já vê avanços neste sentido se comparado com as edições anteriores do programa. “Estamos vendo uma evolução nesta proporção de projetos inscritos e aprovados de todo o país em comparação a Rio São Paulo, princialmente depois que passamos a realizar as Caravanas”. Realizadas com objetivo de divulgar o programa e facilitar a participação de produtores em todo país, as caravanas se repetem esse ano, contemplando 26 cidades em todo país, muitas delas localizadas no interior dos estados."Nossa expectativa é alcançar este ano 4 mil pessoas, mas poderia ser mais. Nosso desejo era fazer em 100 cidades”, afirma Reis. Na edição 2012 do programa, a Bahia receberá a visita da caravana no dia 27 de setembro, em Salvador. Ainda segundo a gerente, a participação de profissionais de várias partes do país nas comissões de seleção também é uma forma de contribuir para a descentralização, assim como a obrigatoriedade de itens que promovam a inclusão de estados do Norte e Nordeste. No programa deste ano, por exemplo, o apoio a circulação de exposições obriga que ao menos uma cidade de uma das duas regiões seja incluída no projeto. Uma outra proposta em estudo pela empresa visando ampliar a democratização é a adoção de Seleções Públicas regionais, como já fazem outras empresas que adotaram esse método de apoio, como a Natura e a Vivo. "Temos interesse em fazer uso da isenção do ICMS, em estados que tenham o recolhimento deste imposto bem organizado", diz Reis.
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