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Petrobras adia entrega de balanço trimestral

Em 7ª fase da Operação Lava Jato, ex-diretor da estatal foi preso

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14/11/2014 às 10:42 • Atualizada em 29/08/2022 às 18:41 - há XX semanas
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A Petrobras informou que as informações referentes ao terceiro trimestre de 2014 serão divulgadas na próxima segunda-feira (17). Em nota, a estatal disse que não apresentará à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) as demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2014 com o relatório de revisão dos seus auditores externos, PricewaterhouseCoopers (PwC), no prazo da Instrução CVM 480/09, previsto para ontem (13). O balanço contábil era esperado para esta sexta-feira (14). A empresa esclarece que, como é de conhecimento público, a Petrobras passa por um momento único em sua história, em face das denúncias e investigações decorrentes da Operação Lava Jato conduzida pela Polícia Federal, na qual o ex-diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa e está sendo investigado pelos crimes de corrupção, peculato, dentre outros. Diante de tal cenário, e considerando o teor do depoimento do ex-diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa à Justiça Federal, em 8 de outubro de 2014, quando fez declarações que, se verdadeiras, podem impactar potencialmente as demonstrações contábeis da companhia, a Petrobras vem adotando diversas providências que visam ao aprofundamento das investigações. A Petrobras celebrou contratos, em 24 e 25 de outubro de 2014, com dois escritórios de advocacia independentes especializados em investigação, um brasileiro, Trench, Rossi e Watanabe Advogados e, outro norte-americano, Gibson, Dunn & Crutcher LLP, tendo por objetivo apurar a natureza, a extensão e os impactos dos atos que tenham sido cometidos no contexto das alegações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, bem como apurar fatos e circunstâncias correlatos que tenham impacto relevante sobre os negócios da companhia. Tal contratação foi recomendada pelo Comitê de Auditoria em conformidade com as práticas internacionais e autorizada pela diretoria executiva da Petrobras. Entretanto, em decorrência do tempo necessário para se obter maior aprofundamento nas investigações em curso pelos escritórios contratados, proceder aos possíveis ajustes nas demonstrações contábeis com base nas denúncias e investigações relacionadas à “Operação Lava Jato”; e avaliar a necessidade de melhorias nos controles internos, a companhia não está pronta para divulgar as demonstrações contábeis referentes ao terceiro trimestre de 2014 nesta data.Operação Lava Jato e PrisõesEm continuidade à Operação Lava Jato, a Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Ele foi preso em sua residência, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF. Foram presos também na manhã desta sexta funcionários de empresas como: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UPC, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. Ao todo, 300 policiais federais, com apoio de 60 servidores da Receita Federal, reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato. Em março, a mesma operação descobriu um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras. Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão. Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro. Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas. O chefe do Ministério Público informou que mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso, entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa.

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