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Petrobras: Dilma critica divulgação de depoimento de Costa

Ela defendeu rigor na investigação das denúncias e sem ferir o direito de defesa dos acusados

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10/10/2014 às 20:22 • Atualizada em 30/08/2022 às 5:02 - há XX semanas
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A presidenta e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, classificou nesta sexta-feira (10) como "muito estranho" e "estarrecedor" a divulgação dos áudios dos depoimentos de investigados da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), durante o período eleitoral. Ela defendeu rigor na investigação das denúncias e sem ferir o direito de defesa dos acusados. Na quinta-feira (9), a Justiça Federal divulgou o conteúdo dos depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Costa disse à Justiça que empreiteiras repassavam parte do valor de contratos firmados com a Petrobras para PP, PT e PMDB. “Acho muito estranho e muito estarrecedor que, no meio de uma campanha, façam esse tipo de divulgação. É importante que haja de fato um interesse legítimo, real, concreto de punir corruptor e corruptores. Agora, que não se use isso de forma leviana em períodos eleitorais e de forma incompleta. A investigação deve ser feita sem manipulação política e sem qualquer outro tipo de intervenção”, disse em entrevista no Palácio da Alvorada.
(Foto: Reprodução)
Dilma disse que demitiu Paulo Roberto Costa do cargo e defendeu apuração rigorosa do caso. O depoimento desta quinta prestado pelo ex-diretor faz parte do inquérito de uma das dez ações penais decorrente Lava Jato e não está relacionado ao acordo de delação premiada firmado por Costa com o Ministério Público Federal (MPF) em troca de redução da pena. O governo solicitou o acesso à delação premiada, porém o pedido foi negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “O principal envolvido nas denúncias [Paulo Roberto Costa] foi demitido por mim e foi também preso pela Polícia Federal. É claro que eu faço absoluta questão de tudo ser apurado com rigor. Sei que as principais provas estão no processo que envolve a delação premiada, até porque para ser autorizada, as denúncias precisam ter provas robustas e consistentes. Tive todo o interesse em ter acesso a isso para tomar todas as medidas cabíveis”. A presidenta e candidata à reeleição disse que já determinou a apuração do envolvimento de integrantes do governo, citados nas denúncias. Dilma reafirmou que a PF e o Ministério Público foram fortalecidos e tiveram autonomia para investigar. Também lembrou propostas de campanha para aumentar a eficácia de leis anticorrupção e dar agilidade às investigações de lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros. “São medidas fundamentais e fazem parte da nossa avaliação de como combater efetivamente sem usar a retórica e frases vazias”. A candidata defendeu a reforma política como instrumento para combater a corrupção. “Uma parte dos delitos tem a ver com práticas políticas antigas e com processos como o financiamento privado de campanhas eleitorais”, disse.

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