Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, e Raí de Souza, de 22, estão sendo transferidos neste momento da carceragem da Cidade da Polícia, em Manguinhos, Zona Norte do Rio, para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. Os dois são suspeitos de participação no estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Morro do Barão, na Praça Seca, também na Zona Oeste. Segundo a Polinter, órgão da Polícia Civil responsável pelo transporte de detentos, ambos serão levados para a Cadeia Pública José Frederico Marques, conhecida como Bangu 10, onde é feita a triagem dos que ingressam no sistema carcerário. Raí entregou-se à polícia na manhã da última segunda-feira, pouco depois de ter a prisão decretada pela Justiça a pedido da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), responsável pelas investigações. Horas depois, Lucas, que é jogador de futebol, foi detido enquanto preparava-se para conceder uma entrevista coletiva sobre o caso em um restaurante no Centro da cidade. Nesta quarta, um terceiro suspeito também apresentou-se voluntariamente. Contudo, Raphael Assis Duarte Belo, de 41 anos, deve permanecer na Cidade da Polícia por mais um período, pois ainda voltará a ser ouvido pelos agentes da DCAV. A informação foi fornecida pelo delegado Ronaldo Oliveira, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).
Em um primeiro momento, Raí chegou a admitir que seria responsável por gravar o vídeo que mostra a jovem nua e desacordada, mas acabou mudando de versão. Já Lucas é apontado como ex-namorado da vítima, a quem a adolescente teria ido encontrar na comunidade no dia em que sofreu o abuso. Raphael, por sua vez, aparece em uma fotografia ao lado do corpo nu da menina — em entrevista ao programa “SBT Rio”, pouco antes de se entregar, ele alegou que posar para o clique “foi coisa instintiva”, mas negou ter mantido relações sexuais com a jovem. A defesa de Lucas Perdomo vem tentando reverter na Justiça a prisão temporária decretada contra o rapaz. O advogado Eduardo Antunes informou que entrou com um pedido de revogação da decisão que colocou seu cliente atrás das grades. A medida foi tomada nesta quarta-feira, depois que uma jovem, levada à delegacia pela defesa do jogador, prestou depoimento sobre o ocorrido. A nova testemunha, amiga de Lucas, apresentou aos agentes uma conversa que teve, numa rede social, com uma pessoa que seria a adolescente vítima de estupro. No bate papo, ocorrido na última sexta-feira, a garota pergunta à outra se “Petão” (apelido de Lucas) teria realmente cometido o crime. Uma das respostas atribuída à menina de 16 anos é: “Não, tá louca”"Eu a levei à delegacia para que ela mesma falasse sobre essa conversa. Isso prova que o Lucas não teve participação no fato", garantiu Eduardo Antunes, que, antes de Lucas deixar a Cidade da Polícia, chegou a ver na demora para transferir o rapaz para Bangu um indício de que a polícia estaria “se convencendo da inocência” do jogador de futebol. "Se ele seguisse para um presídio, a burocracia para sair seria bem maior".
Raphael Assis se entregou nesta quarta-feira (Foto: Reprodução) |
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Redação iBahia
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