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Processo de impeachment: governo jogou a toalha no voto nº 208

Vice-líder do governo, Orlando Silva foi o primeiro a procurar os jornalistas

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18/04/2016 às 10:38 • Atualizada em 01/09/2022 às 12:24 - há XX semanas
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Mesmo com discursos otimistas antes da votação, oposição e governo entraram no plenário neste domingo (17) sem a certeza de que teriam os votos necessários para aprovação ou para barrar o impeachment da presidente Dilma, já que havia um grupo de indecisos que era cortejado pelos dois lados. A partir do voto 208 favorável ao afastamento, pouco antes das 21h, os governistas começaram a jogar a toalha e os ânimos se exaltaram.
Sem perspectiva de mudança de cenário, o vice-líder do governo, Orlando Silva (PCdoB-SP), procurou os jornalistas para anunciar que seria difícil reverter a votação. “Este resultado sinaliza que a oposição vencerá. PP, PR e PMDB do Paraná não cumpriram a palavra. Dificilmente haverá reversão”, afirmou o comunista.
Foto: Antonio Augusto/Câmara dos Deputados
Ao ser informado do comentário de Orlando, outro vice-líder, deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), se irritou e disse que o colega estava errado e não sabia fazer contas. “Nós estamos no jogo. Se o deputado Orlando admite a derrota, ele não sabe fazer contas”, disse, aos gritos. Aos poucos, os votos dos que se declaravam indecisos foram se revelando no plenário, para desespero dos governistas.
As primeiras decepções vieram com os votos favoráveis ao afastamento de Giacobo (PR-PR), do ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM) e de Flávia Morais (PDT-GO). O voto de Tiririca (PR-SP) foi um dos mais celebrados pela oposição. “Os golpistas venceram aqui na Câmara, mas a luta continua”, lamentou o líder do governo, José Guimarães (PT-CE). O petista disse que agora a luta será “na rua e no Senado”.
A sessão foi marcada por momentos tensos. O primeiro tumulto no plenário aconteceu logo no início, quando aliados do Planalto não se conformavam com a ausência da defesa de Dilma. O vice-líder do governo Paulo Teixeira (PT-SP) esbravejava contra a decisão quando foi puxado da Mesa Diretora por Bolsonaro (PSC-RJ), que também protagonizou outro momento acalorado.
O parlamentar começou seu voto elogiando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e causou polêmica ao dizer que os governistas perderam em 1964 e são derrotados em 2016. “Contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante, o pavor de Dilma, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, por Deus o meu voto é sim”, declarou.
Em seguida votou Jean Wyllys (PSOL-RJ), que no fim do discurso cuspiu em direção a Bolsonaro. Muitos deputados que votavam contra o impeachment manifestavam o repúdio à condução dos trabalhos por Cunha. Glauber Braga (PSOL-RJ) chegou a chamá-lo de “gângster”, levando os governistas a sair da apatia em plenário e aplaudi-lo. O vice-líder do governo Silvio Costa (PT do B) foi um dos que mais empolgaram os governistas por chamar o presidente da Câmara de “canalha” e “bandido”.
* Da redação Correio 24 Horas e agências
Correio24horas

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