Uma pesquisa realizada nas periferias de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Norte indica que 43,8% das mulheres que moram nessas regiões já sofreram assédio sexual dentro de um ônibus. A insegurança dentro do transporte coletivo faz algumas delas inclusive criarem estratégias para evitar o problema.Amantes têm direito à herança? Especialista em direito da família explicaNovo vídeo mostra homem brincando com tigre HU no zoológico de CascavelO estudo foi realizado pela organização humanitária ActionAid para a campanha Cidade Segura e ouviu 306 mulheres entre setembro e outubro de 2013. "O que está pegando mais hoje é que a gente não pode vestir uma determinada roupa porque pode haver até estupro. Acontece bastante assédio e não podemos falar nada", reclama Keila Barbosa, moradora do bairro de Heliópolis, em São Paulo, ao Estado de S. Paulo.A pesquisa também aponta que elas tomam precauções dentro dos ônibus para evitar o assédio, como sentar no fundo dos veículos. Quanto mais cresce a espera pelo coletivo, maior a insegurança das mulheres, que costumam aguardar cerca de 50 minutos pelo transporte. Pouco mais da metade das entrevistadas também afirmaram que já foram assediadas por policiais."Queremos chamar atenção para a relação entre a qualidade dos serviços públicos em iluminação, transporte, policiamento, moradia e educação e a insegurança das mulheres nas cidades. A precariedade desses serviços agrava a vulnerabilidade das mulheres à violência", analisa Gabriela Pinto, da ActionAid, ao Estado de S. Paulo.
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