Um dos brasileiros pediu ajuda a uma voluntária da Fifa, que pediu aos argentinos para mostrarem seus ingressos; eles disseram ter perdido os bilhetes. A polícia acredita estarem eles entre o grupo que, antes do jogo, conseguiu invadir o Maracanã pulando um muro e entrando por uma porta que contava com pouca segurança. Dos cerca de 30 que aparecem no vídeo, só nove foram identificados e detidos: denunciados por “conduta inconveniente”, seis aceitaram a pena de pagamento de cesta básica e os outros três terão de comparecer à audiência de instrução e julgamento, em 31 de julho.
Racismo
No Maracanã, os dois argentinos teriam começado com as ofensas racistas depois que a Bósnia diminuiu o placar (o jogo terminou em 2 a 1 para a Argentina) e a torcida brasileira, mesmo em minoria no estádio, gritou “O Maraca é nosso”. O pai de um dos brasileiros, idoso, pediu para ir embora e o filho encontrou com um PM na saída da arquibancada. Eles esperaram juntos pela saída dos argentinos e identificaram os dois, que foram presos. Na delegacia, Cristian Schinocca afirmou em depoimento que ele e seu amigo Matias Gramado estavam “cantando músicas de provocações para os brasileiros, porém não eram canções ofensivas”, e que “os brasileiros presentes ao estádio estavam cantando uma canção de xingamento ao jogador Messi” (logo antes do argentino marcar o segundo gol de seu país, a torcida brasileira gritava “Ei, Messi, vai tomar no c.”); e eles somente responderam fazendo gestos mostrando o placar do jogo.
Os argentinos ficaram pouco mais de uma hora na delegacia e foram liberados após prestar depoimento. Indiciados por injúria racial, eles podem ser condenados de um a três anos de detenção. Como a polícia ainda investiga o caso, ambos estão liberados para seguir viagem pelo País. $Prisão.$ A jornalista do jornal O Globo Vera Araújo foi presa na noite de domingo, 15, quando tentava filmar a prisão de um argentino pela PM na Quinta da Boa Vista, ao lado do Maracanã. O sargento Edmundo Faria deu voz de prisão à repórter, que registrava a detenção do torcedor argentino, supostamente por urinar na rua.
O PM exigiu que ela desligasse o equipamento, Vera apresentou sua identificação profissional, mas foi detida por desacato. Em nota, a PM informou que o sargento “ficará preso administrativamente no Batalhão de Campanha, unidade onde é lotado”. O caso está sendo investigado pela Corregedoria da PM. Além dos dois argentinos presos por injúria racial, nove pela invasão do Maracanã e um por urinar na rua, dois foram detidos por uma briga com brasileiros (que também foram detidos) e um por tentar invadir o campo.Matéria original Correio 24hQuinze argentinos foram presos após jogo; dois por ofensas racistas
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