Condenado a 12 anos e sete meses de prisão no escândalo do Mensalão, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, fugiu para a Itália. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, o advogado do réu distribuirá uma carta assinada por Pizzolato, onde ele revela que, aproveitando a dupla cidadania, vai apelar para um novo julgamento em solo italiano. "Por não vislumbrar a mínima chance de ter um julgamento afastado de motivações político eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itália, em um Tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália", disse. A Polícia Federal chegou a ir até o prédio onde o ex-diretor morava, mas não o encontrou e, segundo apurou o Broadcast, ele teria fugido do país por terra, através de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, há 45 dias. O delegado de plantão na PF do Rio de Janeiro, Marcelo Nogueira, contestou a versão apresentada, afirmando que essa deve ser "uma nota falsa", já que familiares de Pizzolato informaram à polícia que ele iria se apresentar até o meio-dia deste sábado (16). Caso se confirme que o ex-diretor do Banco do Brasil está na Itália, o Brasil deve entrar com um pedido formal de extradição junto ao país e aguardar o trâmite legal, segundo Nogueira. Na avaliação do delegado, existem grandes chances de o governo italiano recusar o pedido em função do processo do ex-ativista italiano Cesare Battisti, cujo pedido de extradição foi negado pelo Brasil. Pizzolato foi condenado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
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