O número de empresas que buscou crédito em agosto subiu 4,5% em relação ao mês anterior, segundo levantamento da empresa de consultoria Serasa Experian. Essa foi a segunda alta mensal consecutiva do indicador, já que, em julho deste ano, o crescimento chegou a 7,9% em relação a junho. Os dados são apurados a partir de consulta ao Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), de cerca de 1,2 milhão de empresas. Na comparação entre agosto deste ano e agosto de 2011, a demanda mostrou-se 4,6% menor. Já no acumulado deste ano, de janeiro a agosto, houve variação negativa de 1,5% ante o mesmo período de 2011. Segundo o levantamento, as médias e grandes empresas foram as que mais demandaram crédito em agosto. Em relação a julho, as médias apresentaram alta de 4,7% e as grandes, de 4,5%. As micro e pequenas empresas registram alta de 4,4%. No acumulado do ano (janeiro a agosto), as grandes empresas estão na liderança da busca por crédito, com alta de 15,2% em relação ao mesmo período de 2011. As médias tiveram alta, no acumulado, de 11,9%, enquanto as micro e pequenas empresas registraram recuo de 2,3%. Pela análise por setores, as empresas comerciais tiveram o maior aumento na demanda por crédito em agosto, com alta de 6,2% na comparação com julho. Na indústria, a alta foi 5,6%, e nos serviços o crescimento chegou a 2,6%. Os serviços foram os únicos, porém, a registrar crescimento na demanda por crédito durante os primeiros oito meses deste ano, alta de 0,7% frente ao mesmo período de 2011. Na indústria, houve queda acumulada de 1,7% e no comércio, recuo de 3,4%. As regiões que registraram as maiores expansões de demanda por crédito foram as mais desenvolvidas: Sudeste, com alta de 5,3% em agosto deste ano, ante o mês anterior, seguido pela Sul, que apresentou crescimento de 4,9%. No acumulado do ano (janeiro a agosto), a Região Norte registrou alta de 0,7% na procura por crédito, na comparação com o mesmo período de 2011. A Nordeste recuou 0,3%. Nas regiões Sul e Centro-Oeste, as quedas acumuladas foram de 0,7% e de 0,8%, respectivamente. No Sudeste, a queda este ano já chegou a 2,5%. De acordo com economistas, nesta época do ano, as empresas aceleram seus ritmos de produção visando às vendas de final de ano. Há uma reativação da busca por crédito, que ocorre de forma gradual. Eles preveem que as reduções nas taxas de juros, a tendência de crescimento econômico mais acelerado no segundo semestre e as perspectivas de cenário externo favorável devem trazer dinamismo à busca das empresas por crédito nos próximos meses.
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