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Testemunha diz que VP e pastor ordenaram ataques à AfroReggae

Dupla foi denunciada por tráfico de drogas e associação ao tráfico

• 07/08/2014 às 20:16 • Atualizada em 01/09/2022 às 17:07 - há XX semanas

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O fundador e coordenador da organização não governamental (ONG) AfroReggae, José Júnior, reafirmou nesta quinta-feira (7), em depoimento à Justiça, que o traficante Marcio Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, e o pastor Marcos Pereira da Silva foram os mandantes dos ataques à sede da ONG. Ele foi uma das testemunhas de acusação ouvidas nesta quinta-feira pelo juiz Rubens Casara, da 43ª Vara Criminal da Capital, no Rio de Janeiro, na audiência de instrução e julgamento dos réus Marcinho VP, um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho, e o pastor Marcos Pereira, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias. Os dois foram denunciados por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Marcinho VP foi ouvido pelo sistema de videoconferência, uma vez que cumpre pena no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O pastor está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, e esteve presente à audiência, no fórum da capital. José Júnior disse que tinha relação de amizade com o pastor Marcos Pereira na mediação de conflitos em presídios até, segundo ele, ter a confirmação do próprio religioso de que estuprara a mulher de um dos vice-presidentes da igreja dirigida por ele. A partir de então, José Júnior passou a oferecer proteção ao desafeto de Marcos Pereira em sua ONG, e ambos começaram a sofrer ameaças do tráfico dos complexos da Penha e do Alemão, acrescentou. De acordo com José Junior, o pastor Marcos Pereira orquestrou, junto com outros traficantes, os ataques à cidade, em 2010. Dois anos depois, tanto o líder religioso quanto Marcinho VP planejaram as investidas contra a sede do AfroReggae, em Vigário Geral, subúrbio da cidade. Também prestaram depoimento os delegados Roberto Ramos da Silva e Valéria Aragão, responsáveis por etapas do inquérito que desencadeou a denúncia contra os dois acusados. Os policiais contaram que obtiveram provas testemunhais de que o pastor Marcos Pereira atuava como uma espécie de “pombo-correio” de Marcinho VP, levando ordens e recados aos traficantes das comunidades sob domínio da facção criminosa Comando Vermelho. Ao todo, nove testemunhas de acusação e 20 de defesa foram arroladas no processo. A próxima audiência foi marcada para o dia 8 de outubro.

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