A universitária de 18 anos Isabela Pavani Castilho Cruz, baleada na cabeça na Rodovia Presidente Dutra, na Grande São Paulo, na noite de terça, teve a morte cerebral confirmada nesta madrugada (2) pela equipe do hospital Nipo-Brasileiro, onde estava internada. A morte foi confirmada às 2h48 desta madrugada, depois da realização de exames clínicos. Os órgãos da jovem foram doados após autorização da família e o corpo seguiu para o Instituto Médico Legal (IML). Isabe ia com uma amiga de Arujá, onde a família mora, até a faculdade, em Guarulhos, quando foi abordada por criminosos. O carro onde as jovens estavam recebeu uma batida na parte traseira por volta das 19h. A estudante se assustou e saiu do carro para ver o que havia acontecido. Nesse momento, três homens saíram do outro carro e antes mesmo de anunciarem assalto atiraram. Isabela foi atingida na cabeça e a amiga não teve ferimentos. Os ladrões fugiram sem levar nada. O carro de Isabela era blindado.
Veja também: Em comunicado, Gusttavo Lima diz que não é viciado Baleada na nuca, a jovem foi socorrida em estado gravíssimo e acabou não resistindo ao ferimento. Para o delegado Ericson Porzlt, aparentemente o caso se tratou de fato de uma tentativa de roubo. Ele é o responsável pela investigação.
"Ingenuidade"A amiga que estava no momento com Isabela, Melissa Costa, publicou um texto em rede social afirmando que estacionar o carro para averiguar os danos e conversar com o outro motorista após a batida foi uma atitude ingênua. Ela já prestou depoimento e disse à polícia que o disparo aconteceu quando um dos ladrões empurrou Isabela. Ela contou que não ouviu o que foi dito antes do tiro. Melissa disse ainda que os ladrões pareciam nervosos e despreparados e que acredita que o disparo foi acidental. Um borracheiro que trabalha perto do local do crime, José Antonio Muniz, contou o que viu. " Eu a vi parando o carro, o que é normal porque muita gente para o carro ali para atravessar. Eu estava conversando com um motorista e de repente vi um tiro", narrou. Ele contou ainda que um homem armado se aproximou gritando "Perdeu, perdeu". Isabela então teria perguntado se o ladrão se referia ao carro e então foi baleada. José e outra mulher prestaram socorro, mas disseram que a jovem já não falava mais. Segundo ele, os ladrões estavam em dois carros e fugiram em seguida. Isabela Cruz trabalhava na empresa de segurança do pai que já havia pedido para que a filha mudasse de caminho, por acreditar que ali era perigoso.