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Vendas de motos caem 13% no primeiro semestre do ano

No acumulado do ano, foram emplacadas 848.530 motos, enquanto no mesmo período do ano passado foram 918.137

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10/07/2012 às 17:17 • Atualizada em 06/09/2022 às 9:53 - há XX semanas
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As vendas de motocicletas caíram 13% no primeiro semestre do ano, com a venda de 897.252 unidades contra 1.033.443 no mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados hoje (10) pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Na comparação do mês de junho com maio, houve retração de 8,2% com a venda de 138.835 motos contra 151.316. Em relação a junho deste ano e o mesmo mês no ano passado, a queda foi de 13,6%. Sobre a produção, o setor registrou queda de 10% no semestre, com 967.901 novas unidades ante as 1.078.761 produzidas nos primeiros seis meses do ano passado. Em junho, a produção caiu 18% na comparação com o mês anterior - foram produzidos 140.920 veículos contra 171.739. Na comparação com junho do ano passado, a redução é 13,6%. No acumulado do ano, foram emplacadas 848.530 motos, enquanto no mesmo período do ano passado foram 918.137, equivalente a uma baixa de 8%, conforme levantamento mensal da Abraciclo. Em junho, foram emplacadas 123.946 unidades, 17% menos do que em maio. Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, o setor vem sentindo efeitos da crise econômica global e o emplacamento em junho foi um dos mais baixos da série histórica e o pior do ano. “Isso é reflexo também da queda das vendas financiadas. Em 2011, representou 52% das vendas e, este ano, 46%. Uma parte dessa perda foi absorvida pelas vendas à vista e outra pelo consórcio, mas foi uma parcela muito pequena que não conseguiu compensar a perda dos financiamentos”. Fermanian ressaltou que a queda dos financiamentos é explicada pela mudança na aprovação da liberação dos créditos. Anteriormente, não era cobrada entrada para os financiamentos e o prazo para pagamento era de 48 meses. No entanto, devido à alta inadimplência, os bancos optaram por regras mais rigorosas. “Hoje, a grande maioria dos agentes financeiros que operam com o nosso setor exigem no mínimo 20% de entrada e parcelam no máximo até 36 meses. Isso estreitou o número de consumidores aptos a comprar nessas condições. Mesmo considerando isso, há um nível de aprovação de aproximadamente 20%, com nível de restrição muito grande na aprovação do crédito”. Para tentar amenizar os efeitos do crédito no setor, a entidade tem feito reuniões com os agentes financeiros para buscar uma maior flexibilização dos financiamentos. “Se o crédito chegasse a quatro clientes de cada dez cadastrados, já aumentaria as vendas. Os bancos justificam que as não aprovações acontecem por excesso de erros no preenchimento dos cadastros, por isso estamos recomendando que as concessionárias tenham mais cuidado para preencher os cadastros”. A expectativa da entidade é a de que o setor feche o ano com queda nas vendas entre 10% e 15%. Fermanian lembrou que a previsão feita no final do ano passado era que as vendas em 2012 fossem 5% maiores. “Talvez essa seja a primeira vez que a Abraciclo estima uma queda porque para nós não há uma medida muito clara de recuperação gradativa no segundo semestre. Se não tiver melhoria para o crédito, vamos terminar o ano com queda”.

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