Um vendedor do Rio Grande do Sul conseguiu uma licença de seis meses, tempo máximo das licenças maternidades, após adotar uma criança. Peterson Rodrigues dos Santos, 34 anos, solteiro e homossexual conseguiu superar os entraves burocráticos e realizar o sonho de ser pai.Em 2013, Peterson começou a frequentar oficinas sobre o processo de apadrinhamento de crianças consideradas inadotáveis, por serem maiores de cinco anos ou portarem doenças graves. Ao longo dos encontros, ele conheceu Lucas, então com sete anos. “É quando a magia acontece”, disse Peterson ao G1. Ele lembra que a criança não conversava com ninguém.
Ainda segundo Peterson, durante o encontro com o garoto ele pergunto se Lucas já tinha padrinho. "Sim, é tu", respondeu o garoto. “Parecia que a gente já se conhecia há mil anos. Foi uma surpresa, eu não esperava passar pelo processo por ser gay. No fim, quem construiu essa barreira fui eu mesmo na minha cabeça, pois foi tudo muito tranquilo”, disse.Ele então virou padrinho de Lucas e durante 14 meses passaram os finais de semana juntos. A solicitação de adoção foi aceita cerca de um ano depois. “Na adoção, o médico que faz o parto é o juiz e a sala de parto é o foro”, brinca o vendedor.
Ao organizar a documentação, o novo pai pediu licença-maternidade ao departamento de recursos humanos do emprego. A diretora do RH da livraria, Juliana Brandão, disse que se tratava de um caso inédito.Segundo ela, a experiência de Peterson foi um aprendizado para a empresa. “O pai solteiro tem o mesmo direito, quando adota, a esse período para dar atenção ao filho que acabou de chegar. Estamos fazendo apenas o que é direito dele”, disse Juliana ao G1.
(Foto: Arquivo Pessoal) |
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