O pai da jovem Haíssa Motta, de 22 anos, morta por engano durante uma abordagem de policiais militares em agosto do ano passado, falou sobre o erro que tirou a vida de sua filha. Em entrevista à rádio CBN do Rio de Janeiro, Ironildo Motta contou como soube da morte da filha e da sensação de ter visto o vídeo onde um dos policiais afirma ter cometido um erro. “Foi triste. Na sexta-feira, eu tinha conversado com ela e ela falou: ‘Pai, estou numa festa. Está bombando aqui’. Falei: ‘Vai para casa. Cuidado na rua’. Quando chegou no sábado de manhã recebi a triste notícia de que minha filha tinha sido alvejada por policiais. Eu fiquei revoltado, com certeza, porque tinha falado com ela na sexta-feira e no sábado... Pensei até que tinha sido uma pegadinha. Depois caí na realidade que não era”. Ironildo ainda fez um desabafo sobre a forma como foi feita a bordagem e reclamou a falta de assistência. “É triste ver a incompetência da polícia, o despreparo deles. Eles agiram como verdadeiros marginais, verdadeiros bandidos. O que acontece é que eles não souberam interceptar (o carro). Não havia necessidades de eles alvejarem. Eles mesmos não praticam a regra que eles colocam, a lei. E é a lei que nos mata. Os que têm que nos proteger, são aqueles que nos matam. Onde está a lei? Onde está a Justiça? Onde está o nosso vereador, o nosso governador, que não veem isso? Minha família está até hoje sem assistência”. O pai da jovem disse ainda querer justiça após a divulgação do vídeo. "Espero que seja resolvida alguma coisa. Gostaria que isso tudo fosse resolvido na justiça. Na hora de nos cobrar, o governo nos cobra. Agora é hora de nós cobrarmos o governo. Para que eles não fiquem impunes. Que paguem pelo erro deles”. Assista ao vídeo: [youtube xn0Pp1cqUhY]
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