Viaje na Páscoa com até R$ 2 mil; confira melhores destinos

Com o dólar nas alturas, os destinos nacionais são opções para quem quer viajar na Páscoa. Se você pensa em fugir da capital baiana neste feriado prolongado, que começa na sexta-feira, 3 de abril, mas ainda não se planejou, saiba que ainda dá tempo de passear com até R$ 2 mil. O CORREIO selecionou os cinco destinos mais pedidos neste período e, também, outras três oportunidades (veja ao lado) para você curtir a Semana Santa sem deixar que a viagem pese no bolso. Depois do Rio de Janeiro, que lidera o ranking entre os locais mais procurados do período, segundo levantamento da Decolar.com, destacam-se destinos do Nordeste e o Sul. A sequência do ranking tem Búzios (RJ), Salvador (BA), Foz do Iguaçu (PR), Porto de Galinhas (PE), Natal (RN), Gramado (RS), Fortaleza (CE) e Ilha Bela (SP). “Estes destinos sempre atraem muita gente, que quer fugir da rotina e curtir atrativos naturais”, afirma a coordenadora de vendas da Bahia Travel, Operadora da Salvatur, Thatiane Lopez.

Salvador está entre os lugares mais procurados para o feriado da Semana Santa

Em contaFoi em busca dessa “fugidinha” que o professor e fotógrafo Ricardo Konká, 29 anos, planejou sua viagem para Ilhéus. “Sempre passo a Páscoa em Salvador. Mas como tenho família lá e faz algum tempo que não vou, resolvi comprar”, revela. Com cerca de R$ 300, Konká vai passar três noites na cidade. “Vou ter poucos gastos. Comprei uma passagem de avião, por R$ 198 e só terei mais gastos se for comer fora”, conta ele, que está economizando para passar o São João em Amsterdã. Escolhida por Ricardo, Ilhéus está entre os destinos mais procurados na Visão Turismo. “Os destinos nacionais, incluindo cidades do estado, estão entre os mais pedidos. Do Nordeste, as mais procuradas são Fortaleza, Maceió, Recife e Aracaju; já do Sul, Gramado e Beto Carreiro; no Sudeste, São Paulo e Rio de Janeiro; na Bahia, Litoral Norte e, no interior, Ilhéus e Porto Seguro”, diz o presidente da empresa, Victor Abdon. Segundo ele, a tendência é que os preços não aumentem até poucos dias antes do feriado, pois, além do período de baixa estação, o país vive um período de crise. Na Turismar Viagens, os destinos domésticos também estão fazendo sucesso. “Um pacote para Maceió, por exemplo, sai na faixa de R$ 1.600. Já para Aracajú custa cerca de R$ 1,2 mil. Para Recife, R$ 1.500, e Fortaleza, R$ 1.295”, assegura a diretora da empresa, Marlove Araújo.

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Exterior mais caroEnquanto as viagens nacionais fazem sucesso, houve uma queda de cerca de 50% nas vendas de pacotes para viagens internacionais em Salvador, segundo a Associação Brasileira dos Agentes de Viagem (Abav-BA). “Estamos enxergando o mês de abril como uma oportunidade de atrair mais pessoas para Bahia e também para Salvador, pois o câmbio está subindo bastante. Várias pessoas que iriam para o exterior, não vão mais. É um momento propício para fazer viagens nacionais”, afirma José Alves, presidente da associação.Apesar de ainda não ter dados da movimentação financeira no período, ele espera que o aumento da venda de pacotes aconteça em cima da hora. Além dos feriados prolongados, como a Páscoa, outros eventos, como o Festival da Cidade, também atraem turistas. “Salvador está se modificando positivamente, o que atrai turistas. Os eventos também fazem parte deste processo”, assegura.Baixa estaçãoO presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentos (FeBHA) e vice-presidente do Sindicato dos Hotéis, Silvio Pessoa, também espera que os feriados prolongados como Páscoa e até mesmo Tiradentes, que cai em uma terça-feira, tragam mais turistas para a capital baiana. “Já entramos em baixa estação, o que significa que nossos hotéis registram menos de 50% de ocupação. A nossa expectativa é que os feriados prolongados revertam este quadro, com uma uma ocupação ultrapassando os 65%”, revela. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih-BA), José Manoel Garrido, a ocupação dos hotéis na capital deverá chegar aos 80%. “Provavelmente este índice irá melhorar na Páscoa, pois, com o dólar alto, o público se volta ao próprio país. A ocupação na capital deve chegar a 80%. No Litoral Norte, assim como em Morro de São Paulo e Porto Seguro, a ocupação deve ultrapassar os 90%”, diz.