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Violência contra lideranças políticas aumentou 23% em 2022, mostra levantamento

Dados foram divulgados pelo Observatório da Violência Política e Eleitoral, formado por pesquisadores do Giel (Grupo de Investigação Eleitoral) da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro)

Redação iBahia • 12/07/2022 às 11:20 • Atualizada em 27/08/2022 às 1:39

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O número de casos de violência contra lideranças políticas aumentou na primeira metade deste ano em comparação ao mesmo período do último ciclo eleitoral, as eleições municipais de 2020. O caso mais recente foi o assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda.

Os dados foram divulgados pelo Observatório da Violência Política e Eleitoral, formado por pesquisadores do Giel (Grupo de Investigação Eleitoral) da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro).

Em 2020, nos seis primeiros meses do ano, foram registrados 174 casos e, em 2024, 214, o que significa um aumento de 23%.

No estudo, são consideradas lideranças políticas ocupantes e ex-ocupantes de cargos eletivos, candidatos, ex-candidatos, pré-candidatos e determinados funcionários da administração pública (ministros, secretários de governo e assessores).

Marcelo Arruda, assassinado durante festa de aniversário de 50 anos por um bolsonarista, além de ser guarda municipal e tesoureiro do PT, havia concorrido a vereador e a vice-prefeito pelo partido nas últimas eleições municipais.

O boletim feito pelo Giel tem como base o acompanhamento dos veículos de comunicação. As informações obtidas em reportagens são depois validadas pela equipe para descartar mortes naturais, acidentais ou sem razão conhecida.

O grupo considera violência política contra lideranças os atos de ameaça, agressão, homicídio, atentado, homicídio de familiar, sequestro e sequestro de familiar.

No primeiro trimestre deste ano, o número já havia sido 28% mais alto do que o mesmo período de 2020. Já no segundo trimestre, foram 101 episódios, 17% a mais do que há dois anos.

Neste período, de abril a junho, o tipo de violência mais frequente foi ameaça, com 37 casos (36,6%), seguida de agressão, com 27 casos (26,7%), e homicídios, com 19 casos (18,8%). Ainda há registro de atentados, homicídios de familiares e sequestros.

A região com maior número de assassinatos (10 casos) foi a Nordeste. O Paraná foi o estado com mais casos (4).

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