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Casos de assédio

'As Muquiranas' terá numeração em fantasia para auxiliar identificação

Medida será implantada em 2024; objetivo é auxiliar na identificação de associados em caso de assédio e foi anunciada durante encontro com MP-BA

Redação iBahia • 25/04/2023 às 9:57 • Atualizada em 25/04/2023 às 10:21 - há XX semanas

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					'As Muquiranas' terá numeração em fantasia para auxiliar identificação
Foto: Sérgio Pedreira / Ag Haack

O bloco 'As Muquiranas' adotará novas medidas para evitar casos de assédio envolvendo associados. A partir de 2024, as fantasias de cada folião terá uma numeração para auxiliar na identificação. Durante encontro com o Ministério Público da Bahia, que debateu ações de combate à violência contra mulher, o diretor do bloco, Washington Paganelli, falou sobre a iniciativa.

Paganeli informou que, além da numeração, o folião que responde a processo relacionado à Lei Maria da Penha não será aceito no bloco.

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"Se ele cometer alguma irregularidade, ele será identificado. O bloco se compromete em não retirar essa numeração", disse ao iBahia. O diretor explica que a iniciativa foi do bloco, em comum acordo com o MP-BA.

Pistolas

Há duas semanas, o Projeto de Lei (PL) que proíbe o uso de pistolas d'água no Carnaval de Salvador e em demais festas populares da Bahia, de autoria da deputada Olívia Santana (PC do B), foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Agora, ele será votado em sessão plenária.

O Projeto de Lei foi enviado à Alba após uma mulher ser encurralada e agredida por integrantes do bloco "As Muquiranas", que tradicionalmente usam esse tipo de objeto no desfile do trio.

"Chega de machismo recreativo, como acontece no bloco 'As Muquiranas'. Molhar o cabelo, a roupa para transparecer os seios e partes íntimas das mulheres não é engraçado. É humilhante", disse a deputada Olívia Santana à época.

Na ocasião, a Defensoria Pública da União (DPU) e a Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA) questionaram o bloco, por meio de um ofício pedindo posicionamento e esclarecimentos sobre o caso.

As defensorias destacam ainda que a Bahia ocupa o 4º lugar no ranking de casos de violência de gênero e que “episódios de importunação sexual, com ou sem o uso de artefatos de plástico, se repetem anualmente durante a passagem do bloco, manifestando práticas machistas que não mais podem ser toleradas pela sociedade”.

Paganelli afirmou nesta terça-feira (25) ao iBahia que o bloco foi "o primeiro a fazer esse pedido" e que o fim das pistolas é uma bandeira deles, "mas que não podem prender nem apreender os objetos", pois "não são da polícia".

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