Em 2005, a prefeitura da pequena Paulínia, no interior de São Paulo, prometia transformar a cidade numa Hollywood brasileira. Com uma economia forte graças à produção de petróleo, o município investiu mais de R$ 500 milhões num polo cinematográfico e de lá saíram filmes como O Palhaço, de Selton Mello, filme brasileiro pré-indicado ao Oscar.
Junto com o Polo Cinematográfico de Paulínia, nascia o Paulínia Film Festival, que premiaria longas como Febre do Rato, de Cláudio Assis, e 5 Vezes Favela, Agora Por Nós Mesmos. Mas, em razão de um imbróglio político, a produção local foi interrompida e o Festival não ocorreu em 2012. Depois de 2 anos, os problemas políticos foram resolvidos e, finalmente, o Festival está de volta, assim como a produção cinematográfica, que será retomada após o lançamento de um novo edital, divulgado em fevereiro. E a edição deste ano começa hoje com um filme que tem tudo para ser um dos grandes sucessos de bilheteria no país em 2014: Não Pare na Pista - A Melhor História de Paulo Coelho, cinebiografia do escritor brasileiro que é um fenômeno de vendas internacional. Prevista para estrear em circuito no dia 14 de agosto, a produção dirigida pelo estreante Daniel Augusto tem Júlio Andrade (o Gonzaguinha de Gonzaga - de Pai Para Filho) como protagonista, além de Fabíula Nascimento e a participação da espanhola Paz Vega.
O baiano Lucci Ferreira interpreta Raul Seixas, que fez várias parcerias musicais com Paulo Coelho. "O filme tem estreia internacional em Paulínia e isso é bom para o Festival e para o longa.Agente sempre procura abrir comum filme de grande apelo comercial", revela o paulista Ivan Melo, 42 anos, diretor do Festival. O filme sobre Paulo Coelho não concorre a nenhum prêmio. Mas outras nove produções estão na mostra competitiva, que só tem filmes nacionais. Entre eles estão Aprendi a Jogar com Você, de Murilo Salles, e Infância, de Domingos Oliveira. A edição deste ano terá a presença de algumas personalidades internacionais, como o cineasta americano Abel Ferrara, diretor de Bem Vindo a Nova York, que encerra o Festival. O longa é baseado no escândalo envolvendo o economista e político francês Dominique Strauss-Kahn, acusado de abuso sexual por uma camareira em um hotel. A atriz Jacqueline Bisset, que está no elenco da produção, também estará em Paulínia. PRESENÇA BAIANAO Festival vai homenagear também a produtora Imovision, que completa 25 anos de mercado e foi responsável por trazer ao Brasil os filmes do movimento Dogma, além de sucessos da produção chinesa. O cineasta Cacá Diegues também será laureado. A produção cinematográfica baiana estará presente na mostra competitiva de curtas, como filme Jessy, dirigido por Rodrigo Luna, Paula Lice e Ronei Jorge.
O documentário mostra Paula tentando realizar o sonho de ser transformista e o filme resulta numa homenagem à cena do transformismo em Salvador. O curta já venceu diversos prêmios, como o do Festival do Rio. Para Rodrigo Luna, 34, o maior mérito da produção é tratar das questões de gênero sem que os diretores e roteiristas se distanciem do tema. "A participação de Paula Lice no filme é uma prova disso", diz o diretor. Leia também: Divulgado teaser de '50 Tons de Cinza'; assista Diretor apresenta X-Wing que aparecerá em Star Wars 7 Apple Records anuncia produção de documentário sobre os Beatles Matéria original: Correio*
Júlio Andrade, que viveu Gonzaguinha na cinebiografia de Luiz Gonzaga, volta a viver um personagem real: o escritor Paulo Coelho. Filme estreia nos cinemas brasileiros em agosto |
Relação de escritor com o roqueiro baiano Raul Seixas também ganha destaque no longa |
O curta-metragem Jessy tem participação de cinco transformistas que se apresentam em Salvador |
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