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Distribuidora com sede em Salvador promoverá filmes indianos

Esta é a primeira empresa especializada na distribuição de filmes indiano no país. Só que ela não está em São Paulo e nem no Rio de Janeiro. O endereço escolhido pela dupla é Salvador

• 04/09/2012 às 11:42 • Atualizada em 09/09/2022 às 18:27 - há XX semanas

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Distribuidora promoverá filmes indianos no Brasil
Engenheiro baiano e médico indiano se conhecem em festival de cinema na Inglaterra e ficam amigos. Anos depois, eles resolvem unir forças em um negócio que tem como objetivo promover no Brasil o cinema produzido na Índia. Não é um roteiro de filme, mas bem que poderia ser. O encontro entre o baiano André Nascimento, 34 anos, e o indiano Dinesh Sinha, 38, aconteceu em 2006 e foi crucial para nascer no Brasil a distribuidora Bollywood Filmes. Trata-se da primeira empresa especializada na distribuição de filmes da indústria indiana no país. Só que ela não está em São Paulo e nem no Rio de Janeiro. O endereço escolhido pela dupla é Salvador. O indiano Dinesh, responsável por essa empreitada, esteve no Brasil seis vezes e nunca se conformou com o fato do cinema de seu país não ter conquistado espaço por aqui. “Sempre me incomodou ver que este é um país que não conhece Bollywood, exceto pela realização de pequenos festivais que trazem um ou outro filme para um público restrito”, explica o diretor da Bollywood Filmes. Cinema Indiano A cidade de Mumbai (antiga Bombaim) é também conhecida no mundo como Bollywood por abrigar a maior indústria cinematográfica da Índia. No entanto, o local é responsável por realizar em torno de 20% dos mais de mil filmes que a Índia produz todos os anos. “O cinema representa para a Índia o que o futebol representa para o Brasil. É a paixão nacional deles, os atores mais famosos são ídolos como os nossos jogadores são aqui. É impressionante”, comenta André, que desde que se envolveu com Bolywood esteve na Índia em três ocasiões. O primeiro filme indiano escolhido para apresentar Bollywood ao público brasileiro foi Fanaa (2006), que estreou em oito estados do país no fim de agosto, em 25 salas do circuito comercial. “Escolhemos Fanaa pelas qualidades artísticas que ele apresenta e também por representar o bom cinema produzido na Índia”, declara Dinesh. O filme narra o drama de uma mulher cega, interpretada pela atriz Kajol, uma celebridade entre os indianos. Na trama, ela se apaixona por um misterioso revolucionário vivido pelo ator Aamir Khan, conhecido por lá como o ‘Tom Hanks da Índia’. Dirigido por Kunal Kohli, o longa já arrecadou em torno de U$$ 22 milhões em todo o mundo. CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR
Desejo pessoalPor enquanto, Salvador não faz parte desse plano inicial de distribuição do filme. Mas André não desistiu de trazê-lo para as salas de exibição da capital baiana. “Estou em negociação com o Circuito Saladearte para viabilizar este desejo. Vamos continuar trabalhando. Tenho todo interesse, inclusive pessoal, que o filme seja exibido na minha cidade”, afirma. No entanto, a dupla não se engana quanto ao espaço que essas produções devem ocupar no mercado. “Não esperamos que seja um estrondoso sucesso comercial, mas que provoque um impacto e faça criar uma expectativa sobre as próximas produções que vamos trazer”, diz André. A dupla empreendedora acredita que o público brasileiro precisa de novas alternativas em relação ao cinema americano. “O nosso desafio é este. Trazer os melhores filmes indianos para que o brasileiro tenha outras opções de escolha”, explica Dinesh, que pretende colocar no circuito brasileiro uma média de três a quatro filmes indianos por ano. Eles vão trabalhar com longas que pertencem à produtora Yash Raj Films, a maior da Índia, com quem firmaram parceria. CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR
ReferênciaA chegada das produções indianas nas telonas do Brasil serve também como contraponto para quem acha que conheceu Bollywood através da produção inglesa Quem Quer Ser um Milionário? (2008), dirigida pelo cineasta inglês Danny Boyle e ambientada na Índia. Em 2009, o filme venceu o Oscar em oito categorias, incluindo melhor filme. “O grande problema é que o filme apresenta um olhar estrangeiro em relação à Índia e não traduz a diversidade do cinema feito em Bollywood”, reflete Dinesh, ao lembrar que seu país produz filmes de diversos gêneros. Mas ele reconhece que o longa foi importante para promover o cinema indiano em novos mercados. “Principalmente nos países de língua inglesa”, complementa o indiano. Centenário O projeto de investir no mercado brasileiro vem sendo amadurecido desde 2010. Mas o momento de colocar o primeiro filme no circuito não foi por acaso. “Já faz um tempo que essa ideia vem sendo planejada para aproveitarmos este momento em que Bollywood completa 100 anos”, afirma André. Além disso, a dupla também reconhece que esta é uma boa hora para investir no Brasil. “O momento é promissor, por conta da Copa e das Olimpíadas que serão realizadas aqui. E isto favorece a escolha de ser este o lugar e esta a hora certa”, comenta, entusiasmado, Dinesh. Ele revelou, ainda, outro fato curioso sobre Bollywood. Na América do Sul, o único país que possui hábito de consumo das produções indianas é o Peru. Mas o foco da dupla que escolheu a Bahia para abrir os trabalhos já tem endereço certo: o Brasil que, se depender deles, vai receber Bollywood de braços abertos. Matéria original: Jornal Correio Distribuidora com sede em Salvador promoverá filmes indianos no Brasil

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