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CINEMA

Festa católica 'Penitentes de Juazeiro' ganha videodocumentário do governo estadual

A manifestação é uma das mais antigas e singulares da Bahia

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18/08/2011 às 18:00 • Atualizada em 29/08/2022 às 15:36 - há XX semanas
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A secular festa católica conhecida como ‘Penitentes de Juazeiro’ realizada desde 1901 no município do norte da Bahia, vai ganhar um videodocumentário especial de 52 minutos com depoimentos de participantes e estudiosos. O documentário foi realizado em parceria com o Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb) da Secretaria de Comunicação do Estado (Secom) e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) da Secretaria de Cultura (SecultBA). O vídeo integrará o dossiê de pesquisas realizado pelo IPAC para o reconhecimento dessa expressão cultural popular como Patrimônio Imaterial da Bahia. O Instituto já fez outros documentários sobre festas que se tornaram oficialmente, através de decreto, bens intangíveis do Estado, como a Festa da Boa Morte, o Carnaval de Maragojipe, o Desfile dos Afoxés e o Cortejo 2 de Julho. A manifestação ocorre todos os anos durante a Semana Santa, durante as sete semanas da Quaresma. A celebração começa com as ‘alimentadeiras’, senhoras que andam em fila vestidas de branco com velas acesas para rezar pelos mortos, principalmente, os que se foram de maneira trágica. O trajeto fica entre dois cemitérios e passa por sete ‘estações’ que são paradas em locais estratégicos onde permanecem por cerca de 20 minutos rezando o ‘pranto’, ou seja, demonstrações públicas de lamentação. Esse ritual acontece sempre as segundas, quartas e sextas-feiras, geralmente das 20h até a meia-noite. Na quarta e quinta-feira aparecem os ‘disciplinadores’, homens que se autoflagelam em sinal de penitência, passando nas casas do trajeto da procissão pedindo pão e sabão. Na sexta-feira da Paixão o ritual começa às 20h, sem o autoflagelo, apenas com rezas, e segue até as 4h da manhã, quando o cantar do galo anuncia, no sábado de Aleluia, que a manifestação está encerrada. O pão doado é o único alimento durante o ato de penitência. O sabão é utilizado para lavar vestes no Rio São Francisco após o término da ‘disciplina’. Uma demonstração de fé, promessa e tradição que já passa por muitas gerações. Tudo isso consta no audiovisual, além de dados, documentação fotográfica antiga e contemporânea, mapas e plantas da cidade de Juazeiro. Foram 25 horas de gravação e 40 de edição. O pedido de reconhecimento da manifestação foi um projeto do deputado federal Jorge Khoury.

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