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De Resenha

Curto Circuito das Artes promove festival gratuito de espetáculos

Celebrando o mês de aniversário de Salvador e o Dia Mundial do Teatro, a programação inclui também oficina e chamada pública

Arlon Souza • 24/03/2023 às 15:00 • Atualizada em 24/03/2023 às 15:13 - há XX semanas

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					Curto Circuito das Artes promove festival gratuito de espetáculos
Foto: Caio Lírio

Há mais de 8 mil anos, no século VI a.C., nascia na Grécia Antiga o Teatro; fundando a partir das festividades em louvor a Dionísio, divindade da diversão, do vinho e da fertilidade. Há 474 anos, em 29 de março de 1549, Tomé de Souza fundava Salvador, a primeira capital do Brasil; que hoje é um dos principais pólos de produção em artes cênicas do Brasil.

Esses marcos históricos se encontram este mês, já que comemoramos o Dia Mundial do Teatro e o Dia Nacional do Circo em 27 de março. E a celebração ganha os palcos do Centro, da periferia e do Subúrbio de Salvador através da 1ª edição do Curto Circuito da Artes, um festival de espetáculos-solos promovido pela Prefeitura, por meio da Fundação Gregório de Mattos, com curadoria da DaRin Produções.

Até o 16 de abril, entre sexta e domingo, artistas baianos de diferentes gerações e estilos ocupam o Teatro Gregório de Mattos e os Espaços Boca de Brasa (Subúrbio 360, Cajazeiras, CEU de Valéria e o Centro Cultural Sesi Casa Branca – Itapagipe). Na programação, uma série de monólogos de atores e atrizes premiados e de longa trajetória de atuação, como Rita Assemany, Caco Monteiro, Zeca de Abreu, Ricardo Fagundes, Márcia Lima, Leno Sacramento e Maria Menezes.

Da comédia ao drama, do stand-up ao teatro musical, uma ampla diversidade de temas e abordagens dialogam com pautas históricas, urgentes e contemporâneas, como racismo, feminicídio, violência contra à mulher, homofobia, homoafetividade, machismo, entre muitos outros assuntos.

O “Curto Circuito das Artes” oferece ainda atividade formativa com o “Projeto Clube da Cena”, através da oficina gratuita Interpretação Teatral para Solos, que terá como base clássicos da dramaturgia universal e será conduzida pelos atores e diretores Harildo Déda e Marcelo Flores e pela Cia de Teatro “Os Argonautas”. A aula inaugural acontece em homenagem ao Dia Mundial do Teatro, 27/03 (segunda-feira), às 19h, no Teatro Gregório de Mattos. Para participar, basta realizar a inscrição no Espaço Boca de Brasa – Centro, de segunda a sexta, das 10h às 12h ou das 13h às 17h, de 27 a 31/03. As oficinas serão realizadas no Espaço Boca de Brasa – Centro, sala Harildo Déda, de 04/04 a 11/06, sempre às terças e quintas.

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E a grande novidade por esse festival de comemorações pelo Dia Mundial do Teatro e Dia Nacional do Circo é que no dia 27 de março também será lançada uma chamada pública para a seleção de 10 (dez) propostas de dinamização da programação artístico-cultural dos espaços da FGM, o “Curto Circuito das Artes – 2ª Edição”, por meio de um Convênio com a FUNARTE.

Mas fique ligado que nesta sexta-feira, 24/03, às 19h, a atriz Zeca de Abreu estreia no Teatro Gregório de Mattos, em formato presencial, o espetáculo “A Filha da Monga”, que marca os seus 30 anos de carreira. Com texto e direção de Luiz Marfuz, a peça narra a história de uma jovem que é obrigada pelo padrinho a trabalhar num parque de diversões no papel da mulher que vira monstro, a Monga, seguindo os passos da mãe.

Ela tenta quebrar essa cadeia de sucessão para poder viver os ritos de passagem de sua vida na infância, na adolescência e na vida adulta”. Duas outras apresentações acontecem nos sábados do 1º de abril, no Espaço Boca de Brasa – CEU de Valéria (Valéria), e 15/04, no Espaço Boca de Brasa – Sesi Itapagipe (Itapagipe).


				
					Curto Circuito das Artes promove festival gratuito de espetáculos
Espetáculo En(cruz)ilhada, com Leno Sacramento. E Espetáculo Maria AO VIVO. Fotos: Divulgação

Também na sexta-feira dia 24/03 o ator Ricardo Fagundes leva ao palco do Espaço Boca de Brasa – Subúrbio 360 (Coutos) o espetáculo “Das coisa dessa vida...”, que foi indicado ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias Direção (João Miguel), texto (Gildon Oliveira) e conquistou o troféu na categoria Ator, em 2019. Embora o humor e a ironia sejam o fio condutor da peça, a história faz um caminho sinuoso por situações diversas, num fluxo tragicômico, que faz rir, emociona, denuncia e desperta reflexões.

Nascido no Interior, criado com uma avó, num ambiente simples, machista, carregado de preconceitos e padrões de comportamento, a personagem Naldo se torna comerciante; dono de um bar de beira de estrada, onde também se apresenta dançando. E é justamente nesse cenário (criado por Zuarte Jr.), de um “armazém-boteco”, com cara de “inferninho”, que ele vai relatando suas memórias, sonhos, anseios, decepções e conquistas. Lembrando de tudo que sofreu até construir as bases de sua identidade. Mais duas sessões acontecem nos dias 14/04 (sexta-feira), no Teatro Gregório de Mattos (Centro) e 15/04 (sábado), no Espaço Boca de Brasa – CEU de Valéria (Valéria), às 19h.

Maria Menezes retorna aos palcos com espetáculo-solo “Maria AO VIVO!” para celebrar 30 anos de carreira e atender aos pedidos dos fãs. Com encenação e dramaturgia de João Sanches e texto da própria atriz, a peça propõe um encontro ao vivo, totalmente presencial e interativo.

Maria interpreta a si mesma, bem como outras personagens, numa mistura de vida real e ficção, expondo questões, vivências pessoais e percepções da mulher contemporânea - acrescentando sua experiência de escuta e interação com o público das ruas - para ampliar a discussão sobre temas como maternidade, relacionamentos, vida pessoal, profissional e escolhas que temos que fazer a todo momento. As próximas apresentações acontecem nos dias 25/03 (sábado), no Espaço Boca de Brasa – Sesi Itapagipe (Itapagipe) e 31/03 (sexta-feira), no Teatro Gregório de Mattos (Centro), às 19h.


				
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Espetáculo Medéia Negra, com Márcia Limma. E Espetáculo Godó, O Mensageiro do Vale com Caco Monteiro. Fotos: Caio Lírio / Gabrielle Guido

O espetáculo “Godó, o Mensageiro do Vale”, com o ator Caco Monteiro, realiza sessões nos sábados do dia 25/03, no Espaço Boca de Brasa – CEU de Valéria (Valéria), e no dia 1º de abril, no Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras (Mercado de Cajazeiras). A montagem é fruto de uma pesquisa realizada pelo artista e produtor Caco Monteiro sobre histórias do garimpo do diamante na região da Chapada Diamantina, com direção do inglês John Mowat, iluminação de Jorginho Carvalho e Figurino de Maurício Martins.

Na sexta-feira (31/03), o Espaço Boca de Brasa – Subúrbio 360 (Coutos) recebe a atriz Rita Assemany com o solo “Chiquita Com Dendê”, que tem direção musical de Rudnei Monteiro e textos de Aninha Franco que são costurados a canções de grandes mestres da cultura popular, como Assis Valente e Gordurinha. O espetáculo trata de uma sátira cheia de delicadeza, sobre como a Bahia vem sendo construída desde o século 16 até os dias atuais. As próximas apresentações são nos dias 1º de abril (sábado), no Teatro Gregório de Mattos (Centro), e no dia 02/04 (domingo), no Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras (Mercado de Cajazeiras), às 19h.


				
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Espetáculo A Filha da Monga, com Zeca de Abreu. E Espetáculo Chiquita com Dendê, com Rita Assemany. Fotos: Gabrielle Guido / Robério Sampaio

Dia 1ºde abril, o ator Leno Sacramento apresenta o espetáculo “En(cruz)ilhada” no Espaço Boca de Brasa – Sesi Itapagipe (Itapagipe). A montagem aborda o fato de, assim que nascemos, nossas cabeças serem colocadas na mira de uma bala que segue nos matando lentamente: a morte social, a morte cultural, a morte financeira, a morte estética, a morte psicológica. A morte nos invade, nos extermina e nos põe em uma cruz de braços abertos. Ela nos deixa sem escolha, sem opção. Nos dilacera e nos abate pouco a pouco, nos levando a uma encruzilhada. Uma outra sessão ocorre no dia 15/04, no Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras (Mercado de Cajazeiras). Ambas às 19h.

A atriz Márcia Limma apresenta o premiado solo “Medeia Negra” nos dias 14/04 (sexta-feira), no Espaço Boca de Brasa – Subúrbio 360 (Coutos), e 16/04, no Espaço Boca de Brasa – Sesi Itapagipe. Sob a direção experiente da encenadora gaúcha Tânia Farias (Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz) e assistência do diretor teatral baiano Gordo Neto, a Medéia Negra de Márcia Limma transborda ancestralidade no corpo, na gestualidade, na expressividade e no canto.

É visível na composição e na construção de movimento a presença de arquétipos do candomblé, tanto na partitura cênica quanto na temperatura das diversas mulheres que a intérprete representa; seja na sua aura mística ou na sua figura mais humana, cotidiana e social. E provoca: “Meu corpo negro me afirma e me nega”.


				
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