Todo fim de ano tem um clima de descanso, de pausa, de balanço. Mas existe uma verdade que aprendi na prática, e que poucos falam: o próximo ano não começa em janeiro - ele começa agora. Começa nas conversas difíceis que evitamos, nas decisões que adiamos, nos ajustes internos que insistimos em deixar para depois.

Como líder, precisei entender que não existe futuro forte sustentado por decisões fracas. E que, por mais desconfortável que seja, é justamente no final do ano que tomamos as decisões que moldam o ciclo seguinte.
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Muita gente acredita que fechamento de ano é sobre amarrar pontas soltas. Para mim, é sobre escolher o que não vai mais nos acompanhar.
Já ouvi muitos empreendedores dizerem que preferem “deixar para resolver no próximo ano”. Eu penso exatamente o contrário: o que você não resolve agora, você carrega para janeiro — e geralmente mais pesado.
Decisões difíceis têm um peso específico:
- encerrar uma parceria que não faz mais sentido;
- mudar um processo que já não atende o crescimento;
- reorganizar equipes;
- assumir erros;
- reavaliar produtos;
- redirecionar energia.
Essas decisões raramente são agradáveis. Mas são libertadoras.
E, principalmente, criam espaço para o que realmente precisa acontecer no ano seguinte.
Quando a liderança se esconde, a empresa paga a conta
No final do ano, é muito fácil entrar naquele modo de piloto automático:
- “Agora não vale mais a pena mudar nada”;
- “vamos assim mesmo”;
- “em janeiro a gente resolve”.
Mas aprendi que liderança não tem época.
O que precisa ser decidido, precisa ser decidido - independente do calendário.
Toda vez que adiei uma decisão difícil, a empresa pagou o preço.
Toda vez que tomei uma decisão difícil, a empresa colheu o resultado.
O tempo premia quem age, não quem espera.
Janeiro não traz soluções - traz consequências
Existe uma ilusão no empreendedorismo: a de que o ano novo renova tudo automaticamente.
Não renova.
Janeiro apenas devolve o que plantamos entre novembro e dezembro:
- se plantamos coragem, recebemos crescimento;
- se plantamos organização, recebemos clareza;
- se plantamos decisões difíceis, recebemos espaço para inovar;
- se plantamos adiamento, recebemos problemas maiores.
Por isso, quando digo que o próximo ano começa agora, é porque acredito profundamente que é no último trimestre que construímos as bases do ciclo seguinte.
O fim do ano é o melhor momento para olhar para dentro
A mente está mais madura.
O ano já mostrou o que funcionou e o que não funcionou.
As pessoas estão mais conscientes do que precisa melhorar.
A cultura deixa claro o que precisa ser reforçado.
Esse é o momento de:
- ajustar a rota;
- realinhar expectativas;
- corrigir padrões;
- reconhecer erros;
- fortalecer a base;
- preparar o terreno.
E quanto mais honesto for esse olhar, mais sustentável será o próximo passo.
O novo ano começa no velho líder
Hoje, quando chego em dezembro, não penso em pausa. Penso em construção.
Porque a virada de ano não é sobre queima de fogos - é sobre postura.
O futuro não é um evento.
É uma consequência.
E ele já está acontecendo agora, nas decisões que muitos evitam e poucos têm coragem de tomar.
Por isso, termino com uma frase que carrego comigo:
“Se você quer um ano diferente, comece sendo um líder diferente.”
E isso começa hoje - antes que o calendário mude.
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