Eu sempre gosto de trazer aqui histórias de sucesso, porque acho importante nos inspirarmos no que outros fizeram, e a partir daí entender onde e como podemos melhorar. Se espelhar em uma pessoa, não significa que você precisa agir como ela, mas sim, que todo conhecimento que ela tem, e todas as suas conquistas, podem te servir de aprendizado.
Uma das figuras mais extraordinárias que esse mundo já conheceu, e que eu admiro profundamente, é o magnata e filantropo John Rockefeller. Se hoje estivesse vivo, ele teria nada mais, nada menos que 600 bilhões de dólares e seria o homem mais rico do mundo. Rockefeller nasceu nos Estados Unidos e era engraxate. Foi engraxando sapatos que ele começou a sentir uma intensa vontade de estar entre as pessoas mais ricas, queria vivenciar e aprender como aquelas pessoas eram ricas dentro do negócio que elas desenvolviam. Quando era garoto e tinha dinheiro apenas para tomar um café, ele ia até a cafeteria, tomava o seu café demoradamente e ficava ouvindo o que aquelas pessoas falavam, observava como se comportam, no que pensavam.
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O observador dos ricos começou a vender doces para as crianças ao redor. Mais tarde, virou contador, comprou uma empresa, investiu em uma refinaria de petróleo e simplesmente lançou a Standard Oil, uma empresa que vendia querosene. Olha que interessante. Preste atenção nessa história exemplar e perceba que estou falando de algo que aconteceu entre o final do século XIX e o início do século XX, mas até agora ele permanece como o homem mais rico do mundo moderno, pois mesmo nos dias contemporâneos, na era mais tecnológica de todos os tempos, ninguém ainda acumulou tamanha fortuna.
Na época em que o Rockefeller abriu a sua refinaria, não existia luz elétrica e as pessoas utilizavam lampião a querosene para iluminar as suas residências, bem como as ruas eram também assim iluminadas. A Standard Oil passou a fornecer querosene para todo os Estados Unidos e, para facilitar a distribuição do produto, utilizava linhas férreas, que eram controladas por diversos empresários que se uniram contra ele formando um cartel. Explorando ao máximo o sucesso da venda de querosene, decidiram pelo aumento coletivo do valor do transporte. Esses empresários acreditavam que Rockefeller estava em suas mãos e, quando acuado, pagaria mais caro pela distribuição do seu produto, e essa jogada faria com que todos os donos de estradas de ferro lucrassem milhões.
Mas eles não se deram conta de que estavam diante de um empresário com um mindset configurado para enxergar oportunidades em quaisquer circunstâncias.
Ele costumava dizer: “Sempre procurei transformar os desastres em oportunidades”. Sabe o que John Rockefeller fez? Contratou um químico, juntou toda a sua equipe e buscou um meio para distribuir seu combustível sem ter mais aquela dependência das linhas férreas. E então eles inventaram os oleodutos. Desenvolveram uma formulação que permitia o escoamento do querosene por dutos embaixo da terra. Rockefeller inventou o seu próprio meio de distribuição, livrou-se da dependência daquele cartel – que agora perdia os muitos milhões de dólares que lucravam daquele seu maior cliente – e começou a ganhar muito mais dinheiro do que ganhava antes, simplesmente porque se reinventou diante de uma crise.
Foi buscar algo que não existia sem acomodar-se diante da limitação da via única que até então existia. Quando a ameaça bateu à sua porta, não ficou reclamando, lamentando e culpando o mundo, mas enxergou uma oportunidade e a aproveitou.
Será que durante algum período complicado, ou em qualquer outro momento desafiador, não podemos fazer como o admirável John Rockefeller? Nos mexermos e nos reinventarmos, até mesmo em outro negócio? Reflita.
Fritz Paixão
Fritz Paixão
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