Última semana de novembro, já já falta menos de um mês para acabar o ano, e nesse olhar nostálgico percebo que a geração Z está resgatando os anos 90. Outro dia vi alguém com um walkman e outra pessoa compartilhando fotos de câmeras descartáveis. Objetos que pareciam aposentados voltam com força, criando pontes entre gerações de formas inesperadas.

Pesquisas mostram que 60% dos jovens adultos gostariam de ter vivido numa época menos conectada. Nós, psicólogos, chamamos isso de nostalgia histórica: sentir falta de um passado que não se experimentou. Ao mesmo tempo, 80% deles dizem estar preocupados com a dependência da tecnologia, e 75% enxergam as redes sociais como uma ameaça à saúde mental, mas continuam imersos nesse mundo digital. Esse paradoxo revela um desejo profundo de pertencimento, significado e conexão, mesmo em meio à hiperconexão.
Leia também:

A nostalgia, antes vista como fuga, hoje pode ser fonte de conforto, inspiração e reflexão. Olhar para o passado nos faz pensar no presente, e cuidar da nossa mente é essencial nesse processo. Nostalgia pode nos trazer memórias afetivas, mas também nos lembra que precisamos estar atentos às nossas emoções, limites e hábitos, para que essa conexão com o passado não vire uma fuga da vida que estamos vivendo agora.

Mais do que objetos ou referências culturais, o que ressurge é a nossa busca por sentido e equilíbrio emocional. Então, além de pensar no que você sente falta, pergunte-se: como posso usar essa conexão com o passado para cuidar melhor da minha saúde mental hoje?

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

