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Compositor faz música para celebrar meio século do Ilê; saiba quem é

E mais: Casa do Benin recebe Culinária Musical nesse domingo

Wanda Chase • 05/10/2023 às 10:30 - há XX semanas

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O nome do artista é Carlos José Gesteira de Lima. Não conhece ? Nunca ouviu falar dele? Claro que sim! Estou falando de Suka, minha gente, autor de “Ilê de luz!". “Me diz que sou ridículo. Me diz que sou ridículo. Nos teus olhos sou mau visto. Dizes até tenho má índole, mas no fundo me achas bonito, lindo... Lindo, Ilê Aiyê. Negro sempre é vilão. Ah, até meu bem provar que não, que não, negro sempre é vilão”.


				
					Compositor faz música para celebrar meio século do Ilê; saiba quem é

Caetano Veloso imortalizou a canção . Suka é uma pessoa por quem tenho o maior respeito e admiração. Gosto do que ele escreve. Suka nos surpreende sempre e se supera. Ele continua compondo e eu torço para que a obra dele seja revisitada . No carnaval de 2024 , o mais belo dos belos completa meio século e Suka já está com o presente para o Ilê . Só poderia ser uma música pra ser cantada pelo maior coral negro. A canção diz assim: “Você não é mais aquela mesma moça que me esperava lá na praça, mas é a mesma lua que ilumina minha caminhada. O mesmo som em outras palavras. Um novo sol de ideias da nossa raça. O meu amor no computador, mas sem computar a dor. Amor não se sente dor. Se você vem comigo, vamos cantando nessa passarada. Há 50 anos Ilê Aiyê. Eternas madrugadas”. Esses são apenas alguns versos da canção de Suka para o negrume da noite. Que rufem os tambores!

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CULINÁRIA MUSICAL NA CASA DO BENIN

O afro chef Jorge Washington convida para a Culinária Musical na Casa do Benin, Pelourinho, Salvador. Nesse domingo, ele vai preparar um escondidinho de carne de fumeiro, maxixe e outras delícias. De quebra, música com a sambista Juliana Ribeiro e Alexandre Guedes da Banda Motumbá. Vou dar uma dica aqui para o afro chef, com todo respeito. Que tal, em novembro, mês da consciência negra, fazer aqueles pratos deliciosos do Continente Africano ? Hein? Fica a sugestão.

FESTIVAL ROZÊ DE SÃO JOAQUIM É PROGRAMA PARA ESSE FIM DE SEMANA

Vai ser na Casa Pia, Cidade Baixa, ali defronte à Feira de São Joaquim, um lugar que você precisa conhecer pela história e as ações que são realizadas na Casa. No Festival, deste sábado e domingo, tem programação para crianças e adultos. Tem feira de empreendedorismo, lançamentos de livros, bazar, música, contação de histórias. Enfim, uma programação cultural diversa. Leve as crianças para curtir, entre muitas atividades, a palhaçaria Trupe Raiz do Circo. Para os adultos show de Ivan Huol, com repertório de Vevé Calazans, Moraes Moreira, Armandinho e Riachão. O ingresso custa R$ 15,00. A renda será revertida para manter e ampliar a Escola Ecológica Casa Pia. Na próxima semana teremos uma reportagem especial sobre a Casa Pia. Aguardem.


				
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MORRE NA FRANÇA O MÚSICO SÉRGIO OTHANAZETRA

Sérgio era baiano, foi pioneiro ao eletrificar o berimbau por meio de um sistema alemão, sem fiação, amplificando a capacidade sonora do instrumento. O percussionista morreu aos 70 anos, na segunda-feira passada, na cidade de Marseilles, na França. O percussionista, compositor, cantor e vocalista iniciou, nos anos 80, a ponte aérea musical entre a França e o Brasil. Ele se apresentou inúmeras vezes, também, na Alemanha, Holanda, Suíça, Mauritânia, Marrocos, Senegal, Grécia, EUA, Ilhas de São Bartolomeu e Guadalupe, no Caribe, Haiti, Ilha do Sal, em Cabo Verde. Uma das músicas do baiano foi trilha sonora de um filme do pesquisador francês Jacques Costeau. Ainda na França, Sérgio acompanhou vários artistas brasileiros, entre eles Chico Buarque, Paulinho da Viola, Pepeu Gomes, João Bosco, Francis Hime, Edu Lobo e João Nogueira. Em dezembro deste ano deve ser lançado, em vinil, o disco Africanismo. Sérgio Othanazetra fez história, levou a música produzida na Bahia para o mundo. Nossa solidariedade aos familiares e amigos.


				
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IRMANDADE , IGREJA E FESTA DO NOSSA SENHORA DO ROSARIO DOS HOMENS PRETOS VAI SER PATRIMONIZADA

Amanhã sexta-feira (06) será aberta, no Centro Cultural do Solar do Ferrão, uma exposição que vai contar a história da fundação da Irmandade de Nossa Senhora dos Homens Pretos e da construção da Igreja que durou quase um século. O templo foi construído por pessoas escravizadas no Brasil que trabalhavam durante o dia e, à noite, na construção.


				
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A exposição retrata também como foi a criação da Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. A Irmandade, a Igreja e a Festa em breve devem ser reconhecidas como Patrimônio Imaterial da Bahia. O processo de patrimonialização foi finalizado. A exposição é aberta ao público e vai até o dia 31 de outubro, no Solar do Ferrão (Rua Gregório de Mato , numero 45, Pelourinho).

Imagem ilustrativa da coluna ÓPRAÍ WANDA CHASE
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