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ÓPRAÍ WANDA CHASE

'Eu falei Faraó!': Olodum apresenta show no Egito em novembro

E mais: Baile da Noite Preta e a história do Malês e o seu escaldado de bacalhau

Wanda Chase • 27/10/2022 às 10:30 • Atualizada em 03/11/2022 às 13:53 - há XX semanas

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					'Eu falei Faraó!': Olodum apresenta show no Egito em novembro
Foto: Divulgação

Pela primeira vez, o bloco afro Olodum vai fazer um show no Egito. Orgulhosamente, a apresentação do afro do Pelourinho encerrará, no dia 4 de novembro, a 14ª edição do ‘’Cairo Jazz Festival.” O evento vai celebrar o centenário da descoberta do túmulo do faraó Tutankhamon, por uma expedição comandada pelo arqueólogo britânico Howard Carter, na cidade de Tebas, Vale dos Reis.              

Este show está sendo esperado com muita expectativa pelos músicos do Olodum, visto que a Banda Reggae Olodum estourou na Bahia e no mundo com a música “Faraó Divindade do Egito”, em 1993, dos compositores Luciano Gomes e Sérgio Participação (in memoriam). A partir daí, o Egito, sua cultura, seus faraós, suas rainhas sempre foram e são exaltados pelos compositores baianos.

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Tutankhamon, o faraó menino, assumiu o trono aos 10 anos de idade, aos 12 se casou com uma menina. Reinou até os 18 anos e morreu aos 19. A morte dele é cercada de mistérios. Há muitas especulações, há quem diga que ele teria sido assassinado. A última hipótese é que o faraó morreu de malária. O cadáver de Tutankhamon foi mumificado por meio de substâncias químicas. O corpo dele foi encontrado dentro de quatro caixões de madeira dourada.


				
					'Eu falei Faraó!': Olodum apresenta show no Egito em novembro
Foto: Divulgação

O túmulo foi aberto no dia 14 de fevereiro de 1923. Há uma lenda que atravessa gerações: a da maldição de Tutankhamon. Várias pessoas que participaram das escavações teriam morrido. Conta-se que foram arrebatados pela morte porque teriam perturbado o descanso do faraó. A história conta que na verdade as pessoas morreram porque respiraram fungos mortais. 

A história de Tutankhamon é apaixonante, assim como o Egito Antigo. Há muito ainda a se descobrir. “Eu voltarei várias vezes, mesmo que as areias cubram o meu corpo, e semearei fogo, água e fertilizarei os solos mais distantes que a mente humana pode imaginar”, Faraó Tutankhamon.

Nota: As informações históricas desse texto são de autoria da Pesquisadora Ligya Maria.


				
					'Eu falei Faraó!': Olodum apresenta show no Egito em novembro
Foto: Divulgação

O BAILE DA NOITE PRETA  

O cantor e compositor Dão Black se apresenta dia 16 de novembro, às 20h, na Sala de Coro do Teatro Castro Alves. O Baile da Noite Preta tem as participações de Marcela Bellas, Denise Correia e Udi Santos.

A ESTRATÉGIA DOS MALÊS E O ESCALDADO DE BACALHAU         

Uma tradição secular. Uma história contada pelos nossos mais velhos e que não figura nos livros oficiais, mas está na oralidade, passada de geração para geração. Estou me referindo ao dia em que os negros fizeram um Escaldado de Bacalhau com toucinho de porco na festa em homenagem a Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho. 

As autoridades chegaram à Igreja para prender os negros muçulmanos. Havia uma informação de que eles estariam ali na Igreja. Na verdade, foram acolhidos pelos irmãos. Mas, ao contrário do que esperavam nada foi encontrado que comprometesse os negros malês. As autoridades são surpreendidas com uma história muito bem construída. Os negros comiam um Escaldado de Bacalhau, recheado com toucinho de porco. Ora, todos nós sabemos que muçulmano não come carne de porco de jeito nenhum, é considerada por eles uma carne impura, suja. Segundo eles está escrito no Alcorão, livro sagrado dos islamistas. Foi uma estratégia de sobrevivência.


				
					'Eu falei Faraó!': Olodum apresenta show no Egito em novembro
Foto: Acervo Wanda Chase

Nossos irmãos deixaram os opressores boquiabertos. Ah! Mais um detalhe interessante, era servido também um Escaldado de Bacalhau sem o toucinho de porco, claro que para os muçulmanos que lutavam contra a escravidão e a imposição da religião católica na Bahia. 

Segunda- feira desta semana, fui a festa onde foi servido o tradicional e histórico Bacalhau. Fiquei surpresa com tanta gente, mais de trezentas pessoas saboreavam a comida. A doutoranda em Educação e Contemporaneidade e também membro da entidade, Anália Santana, conta que o Escaldado acontece na segunda-feira da festa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. “É relevante afirmar que não se trata apenas de preparar o bacalhau e sim, participar de uma dinâmica de socialização, sociabilidade de construção de laços de irmandade, e de preservação cultural entre os irmãos e toda a comunidade. Enquanto uns preparam o alimento, outros organizam a roda de samba”, pontuou. 

Eu fui lá ver a festa bem de pertinho. Não comi o bacalhau, tenho refluxo e não posso comer tudo. Olhando aquelas panelas, meu estômago ardia de dor e meus olhos passeavam por aquelas panelas cheios de vontade (rs). Cada pedaço de toucinho, hum! E as verduras? Juro, comi com os olhos. Nem demorei muito, tomei meu refrigerante (embora não pudesse). Olhava o pirão, ouvia o samba de roda e pensava: que história é essa? Como somos inteligentes. Os nossos, que já se foram, nos deram uma lição!! Não deixaram o racismo, passar “em branco “. Inteligência emocional, estratégia!


				
					'Eu falei Faraó!': Olodum apresenta show no Egito em novembro
Foto: Acervo Wanda Chase

				
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Imagem ilustrativa da coluna ÓPRAÍ WANDA CHASE
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