"Esse filme me ajudou a trabalhar um racismo estrutural em mim, porque há muitos anos moro em Paris, sempre envolvido com produção cultural. Há 15 anos eu tinha um olhar atravessado para a Lavagem de Madaleine. Nos últimos anos devido aos processos de reparações históricas que temos presenciado, o filme vem nesse registro da atualidade."
A declaração é do produtor brasileiro Gustavo Schettino, depois de assistir o longa Madeleine à Paris. Ele era um dos convidados especiais da projeção técnica realizada no início desta semana, na SACD- Sociedade dos Autores e Compositores Dramaturgicos, instituição ligada à cadeia produtiva do cinema, sediada em Paris. O filme é um longa de 84 minutos e deve ser lançado no dia 7 de setembro em Paris, mas já está provocando discussões, reflexões.
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Para o assistente de produção, André Capriotti Schaefer, o filme mostra as dificuldades do exílio do personagem Roberto Chaves, morando há 31 anos na cidade luz, e debate o racismo e o amor à arte. A diretora de Madeleine à Paris, Liliane Mutti ( há alguns anos usava o nome Liliane Reis ), é uma profissional conhecida na Bahia, fez sucesso apresentando o Programa Na Carona, exibido durante cinco anos (de 2000 a 2005 ), aos sábados, na TV Bahia. Hoje, a cineasta mora em Paris. A família toda é do recôncavo baiano. Liliane sabe que a gente pode sair da Bahia, mas a Bahia não sai da gente!!!
TAMBORES TOCAM PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
O Instituto A Mulherada, abre hoje, dia 18, a quarta edição do projeto “ Tambores pelo fim da Violência contra a Mulher. Vai ser às 18:18 h, na Fundação Gregório de Matos, Centro Histórico de Salvador. O grupo completa 20 anos. Para comemorar a data vai realizar uma série de eventos. Vá lá!
BRASÍLIA RECEBE COMITIVA DO HIP HOP
São representantes de vários Estados do Brasil que estão na “ batalha “ para a Construção Nacional do Hip Hop, considerado o estilo musical mais popular e comercialmente bem sucedido do mundo. O movimento Hip Hop, nasceu no dia 11 de agosto de 1973, em Brooklin, Estados Unidos, fundado pelo jamaicano África Bambaata, quando criou a primeira organização mundial do gênero. Nos anos 80, o movimento chegava ao Brasil. A cultura hip hop inclui :rap, graffiti, black dance e break. São Paulo, é o estado que tem o maior numero de grupos.
Na Bahia, o movimento vem crescendo gradativamente com o surgimento de novos grupos. Fazem parte da cena Ravi Lobo, Opanijé, Cronista do Morro, Vandal e Fúria Consciente. Em Brasília, os representantes de grupos cumprem uma agenda com várias reivindicações, entre elas um inventário nacional pra saber quantos grupos existem em todo o Brasil.
O inventário será encaminhado para o IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional para que o hip hop seja reconhecido como Patrimônio Imaterial Brasileiro. Na agenda dos rappers audiências com vários Ministros e dirigentes de várias instituições. A Bahia é representada pelo Diretor da Casa do Hip Hop na Bahia, diretor DJ Branco.
MORADORES DO SUBÚRBIO VÃO ENCENAR PALAFITAS
A estreia é no próximo sábado (20), no Espaço Xisto Bahia, na Biblioteca Pública da cidade, às 15h30. Você vai ver 40 atores em cena, dirigidos por Jonas Bueno, um sonhador. Ele acredita que a arte salva, a arte cura e aposta no sucesso de Palafitas, uma história que passa no subúrbio ferroviário de Salvador. O texto discute a invisibilidade social e racial.
Confronta o 14 de maio, contextualiza os 134 anos da assinatura da Lei Áurea, e a vida da população negra nas favelas. Palafitas é uma produção da Focus, um projeto social filantrópico, sediado no Centro Histórico de Salvador. Vá lá no Espaço Cultural Xisto Bahia. O ingresso custa R$ 20,00.
Wanda Chase
Wanda Chase
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