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Ópraí Wanda Chase

Meio século de existência e resistência. Ah, se não fosse o Ilê

Veja ainda a participação da comitiva brasileira no Pan-africanismo, em Gana

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Wanda Chase

27/07/2023 às 10:00 - há XX semanas
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					Meio século de existência e resistência. Ah, se não fosse o Ilê
Foto: Acervo Wanda Chase

"Meio século de existência e resistência. Ah, se não fosse o Ilê" - É esse o tema do Cortejo Afro para o carnaval do próximo ano, quando o Ilê Aiyê completa 50 anos. Fui ao ateliê de Alberto Pitta e tive o privilégio de ver a fantasia. O trabalho desse artista me surpreende a cada ano, seja no Carnaval ou não.

Ele incomoda, nos faz pensar em nossa ancestralidade, no cotidiano, desconstrói histórias e nos traz conhecimento. Esse também é o papel da arte. A fantasia é mais do que um luxo, é um documento dos enfrentamentos, inquietações e resultados. Um dos símbolos estampados na bata é um pé de baobá, árvore ancestral encontrada em vários países do Continente Africano e na Áustria. Segundo alguns historiadores, o baobá é conhecido também como embudeiro, imbundeiro e também cabaceira. É o símbolo do Senegal me representa a conexão entre o mundo sobrenatural e o material, entre os vivos e os mortos.

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Há outros símbolos também estampados na fantasia do Cortejo nessa homenagem ao mais belo dos belos. Algumas frases como: “Os blocos afro estão há cinquenta anos em cartaz”, faz uma homenagem aos blocos e afoxés, muitos que nem existem mais. Tem textos impactantes, mas o artista não autoriza que eu publique agora. Eu respeito.

Alberto Pitta vem pensando nessa homenagem há três anos, foi um dos artistas que mais trabalhou na pandemia do Covid-19. Não fotografei a fantasia criada por ele para não estragar a surpresa, mas fiquei impactada com o trabalho do artista “Meio século de Blocos Afro. Ah! Se não fosse o Ilê”.

Eu respondo: o Ilê mexeu com a nossa autoestima, o Ilê fez uma revolução na Bahia e no Brasil. Hoje todos nós sabemos “Que bloco é esse!” Esperemos o carnaval!

SALVADOR RECEBE O FESTIVAL LATINIDADES

Cinco países vão participar do Festival no próximo sábado (29), no Largo Quincas Berro D’Água, Pelourinho, a partir das 17h. Artistas do Brasil, de Cuba, Haiti, Porto Rico, Costa Rica e Ghana. O II Concerto Internacional Contra o Racismo pelos Direitos Humanos das Mulheres Negras é aberto ao público. Da Bahia, temos a Banda Panteras Negras e Enio Ixi. Do Haiti, Voz Sambou, William Cepeda de Porto Rico e, de Cuba, a participação de La Dame Blanche. Teremos ainda show de Schirley Campbell (Costa Rica) e Rock Dawani, de Ghana. Chegue lá!


				
					Meio século de existência e resistência. Ah, se não fosse o Ilê
Foto: Rafael Manga

DELEGAÇÃO BRASILEIRA ESTÁ NA ÁFRICA OCIDENTAL

A comitiva é formada pelo presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues; o representante do Bloco Afro Ilê Aiyê, Antônio Carlos Vovô; o professor Nelson Mendes, assessor da Fundação Palmares; e o representante da Secult, jornalista Rafael Manga. Eles participam na cidade de Acra, capital de Gana, do Festival Histórico Panafricano (Panafest), considerado o mais celebrado do mundo e inspirado no ano de 1992 pelo falecido pan-africanista Sutherland.

O Pan-africanismo defende a união dos povos de todos os países do continente africano na luta contra o preconceito racial. Ele propõe essa união como forma de potencializar a voz do Continente Africano no contexto internacional.

PROFESSOR MILTON SANTOS É HOMENAGEADO COM EXPOSIÇÃO

A mostra é em São Paulo, no Espaço Itaú Cultural, na Avenida Paulista. Milton Santos nasceu na cidade de Brotas de Macaúbas. Formado em Geografia e Direito, pela UFBA - Universidade Federal da Bahia, também estudou na Universidade de Estrasburgo, na França. Foi professor da USP, recebeu 20 títulos de Doutor Honórios Causa. Faleceu em junho de 2001, na cidade de São Paulo. Milton é considerado um dos maiores intelectuais do Brasil.

ELBA RAMALHO CANTA ÉDSON GOMES

A paraibana Elba Ramalho fez show sexta-feira passada, no recém reinaugurado Teatro do Sesc Casa do Comércio. Em conversa com jornalistas, antes do show, Elba falou da relação com a Bahia, que não é de hoje. “Casei com um baiano, namorei com outro, tenho uma casa em Trancoso e muitos amigos aqui." A cantora ainda elogiou a reforma do teatro e o amor pela Bahia. No palco, o melhor do show, digamos um momento especial, foi quando cantou a música 'Perdido de Amor', do compositor e cantor Edson Gomes, com um novo arranjo. A plateia gostou e aplaudiu!


				
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