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Tradição

Ópraí Wanda Chase: a volta do Bembé do Mercado

Festa estava suspensa por causa da pandemia da Covid-19 e será retomada em maio

Wanda Chase • 27/04/2023 às 11:49 - há XX semanas

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					Ópraí Wanda Chase: a volta do Bembé do Mercado
Foto: Divulgação / IPAC

O Bembé do Mercado vai voltar a movimentar Santo Amaro da Purificação! Depois de dois anos, os terreiros voltam a realizar o único candomblé de rua do mundo, uma tradição que acontece desde 1889. Este ano, a festa religiosa e cultural acontecerá de 10 a 14 de maio, com debates, rodas de conversa e rodas de saberes com temas ligados à população negra, como “Religiosidade e Territorialidade: mitos e ritos negros” e “Saberes, Resistências e Direitos das Comunidades”.

Na pauta vai se discutir também o legado ancestral dos Tincoãs, além de uma mostra de cinema e diversas apresentações de grupos de capoeira, samba de roda, maculelê e Negro Fugido. Segundo o antropólogo Fábio Almeida, as narrativas informam que no dia da abolição da escravatura todos os candomblés, os folguedos e as manifestações artísticas e culturais do recôncavo, como a capoeira, o Negro Fugido, o Maculelê, e o povo do samba de roda, ocuparam o mercado para uma cerimônia secular.

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“Já era uma tradição do povo africano, principalmente os iorubás, grandes encontros ocorrerem na feira, que sempre foi um espaço de troca, de mercadorias, mas também um espaço de comunicação. Na feira se celebravam nascimentos, casamentos, mortes, é um território integrado à vida do povo africano, principalmente antes da colonização. Aqui no Brasil, todos dividiram o grande espaço de comunicação que é a feira e celebraram o 13 de maio, data em que a Princesa Isabel assinou a abolição da escravidão no Brasil. Se no momento os Movimentos Negros do Brasil buscaram não autorizar o 13 de maio como data festiva para a colaboração do pós - escravismo, em Santo Amaro da Purificação, sempre se permaneceu uma ressignificação, que a própria ocupação do povo negro na rua, na feira, já é um símbolo de resistência”, afirmou Fabio Almeida.

A festa do Bembé estava suspensa por causa da pandemia da Covid-19, mas mesmo assim os sacerdotes de religiões de matriz africana foram a Santo Amaro da Purificação e realizaram as cerimônias secretas, afirmou o antropólogo, que ressalta que a festa foi ganhando publicidade através de nomes como Pai Pote, da professora Ana Rita e da música de Caetano Veloso. Os versos da canção 13 de maio dizem: “Tanta pindoba! Lembro do aluá. Lembro da maniçoba. Foguetes no ar”. Hoje, a cerimônia do 13 de maio é um ritual de consagração, de resistência, porque em um Brasil intolerante, onde se mata preto, se invade terreiros de candomblé e se destrói imagens de Orixás a festa do Bembé significa resistência e uma homenagem aos que lutaram contra a escravidão.

DIVINA VALÉRIA ESBANJA TALENTO NA NOVELA TRAVESSIA


				
					Ópraí Wanda Chase: a volta do Bembé do Mercado
Foto: Divulgação

Uma atriz bem conhecida aqui em Salvador está enchendo a tela da Globo, atuando na novela Travessia, da Rede Globo. Na trama, Divina Valéria interpreta ela mesma, uma cidadã do mundo, que mora em Paris, em Salvador, Rio de Janeiro, Uruguai, Argentina. Onde é chamada pra trabalhar, ela vai. Essa natureza livre e exuberante é a mesma da jovem que chegou em Salvador em 1974, para se apresentar na Boate Clock, que ficava na Avenida Contorno. Hoje, aos 79 anos, está numa fase maravilhosa de trabalho e de vida, e sua participação foi tão positiva na novela que foi chamada às pressas para gravar novamente nesta quarta-feira.

Não é a primeira vez que Divina Valéria faz uma novela com direção de Glória Perez. A atriz e cantora também participou de outro folhetim de sucesso da autora, Salve Jorge. Sua personagem em Travessia agradou tanto que Glória Perez esticou um pouquinho mais sua participação no folhetim.

“Gloria foi muito generosa em me homenagear”, diz Divina. Mas seu talento, simplicidade e elegância merece todas as homenagens! Brilha!

MAESTRO BIRA MARQUES ASSINARÁ A TRILHA SONORA DO FILME SECULARES


				
					Ópraí Wanda Chase: a volta do Bembé do Mercado
Foto: Divulgação

O maestro Bira Marques, da Orquestra Afro Sinfônica, vai assinar a trilha sonora do filme “Seculares – o mundo há mais de 100”, do cineasta baiano Henrique Dantas. Com um trabalho autoral no cinema, Dantas vai contar histórias de pessoas acima de cem anos. Diante do convite o maestro pensou e respondeu que já tinha a trilha. Advinha como?

Bira Marques lembrou de imediato de sua bisavó, Dona Carolina, mas conhecida como dona Calu, que ensinou o maestro a cantar e tocar violão. “Ela cantava muito e compunha também”. Romântica dona Calu escreveu “Era tardinha. O sol se escondia. Somente de barca. A terra se via...”. Olha que pérola!

O cineasta Henrique Dantas tem um trabalho autoral belíssimo no cinema, com títulos no currículo como o documentário Filhos de João (onde aborda a influência de João Gilberto na trajetória dos Novos Baianos) e o formidável “Dorivando Saravá o preto que virou mar”, sobre o cantor e compositor Dorival Caymmi.

Assista abaixo o trailer do filme:

Quando você decide encontrar pessoas com mais de 100 anos, tudo pode acontecer. As Bibliotecas Vivas falam, sentem, sofrem, riem, sonham e silenciam diante da vida. Hamaca Filmes

E FALANDO EM HENRIQUE DANTAS...


				
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Foto: Divulgação

O cineasta terminou recentemente de gravar seu primeiro longa de ficção, Silêncio, com sequências no continente europeu, mais precisamente a Itália, e na região sul da Bahia. O filme tem nomes como Fabrício Boliveira, que é protagonista e também assima a co-produção, e a renomada atriz Helena Ignez.

CAPINAM RECEBE MEDALHA DO MÉRITO CULTURAL


				
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Foto: Divulgação

O compositor José Carlos Capinam recebeu, na noite desta quarta-feira, a medalha do Mérito Cultural, proposta pelo vereador Silvio Humberto. Capinan é baiano de Entre Rios e foi registrado em Escada. Médico de formação, se dedicou a arte e ganhou o mundo com sua poesia e composições. Um dos ícones do Tropicalismo, é um dos maiores compositores do Brasil. O poeta e compositor chegou à Câmara acompanhado da neta Emmanuelle Capinan e das cuidadoras Cristiane Oliveira e Patrícia Alves.

O plenário da Câmara ficou lotado de amigos, fãs, familiares. Gereba e Carlos Pita cantaram algumas canções de Capinam. Em um discurso emocionado, Capinam agradeceu a todos e disse do seu contentamento pela homenagem recebida, convidou a todos para seu aniversário de 100 anos e recitou uma de suas canções em parceria com Jards Macalé: “A arte de não morrer / No tempo de todas as dores / A arte de ainda ver / Na escuridão das cores / Vivo dentro de um poema / Preso na minha canção/ A arte de viver livre / Nas grades do coração”.


				
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Imagem ilustrativa da coluna ÓPRAÍ WANDA CHASE
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