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A luta por representatividade e igualdade na música da Bahia

Em entrevista exclusiva à coluna Pop Bahia, Ziati Comazi aponta caminhos para quebrar barreiras e impulsionar artistas negras e trans

Marcelo Argôlo • 24/05/2023 às 18:00 - há XX semanas

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					A luta por representatividade e igualdade na música da Bahia
Ziati Comazi (esq.) e Pita Nice (dir.) comandam a Nova Estação, iniciativa voltada para mulheres negras, pessoas trans e projetos afrocentrados. Foto: Divulgação

A música é uma das formas mais poderosas de expressão cultural e artística, capaz de transmitir mensagens, provocar emoções e unir pessoas. Em Salvador, berço de uma rica diversidade cultural, uma nova iniciativa tem ganhado destaque ao promover a valorização e a visibilidade de um grupo frequentemente marginalizado no mercado musical, e em outros espaços da sociedade: mulheres negras e pessoas trans.

A Nova Estação, escritório artístico e aceleradora musical, é um projeto pioneiro que vem movimentando o cenário musical da capital baiana. Liderada pelo produtor e consultor artístico Ziati Comazi, um homem trans-negro com vasta experiência no campo musical, e pela arquiteta e produtora Pita Nice, a Nova Estação se dedica a capacitar, apoiar e impulsionar carreiras de artistas negras, pessoas trans e projetos afrocentrados.

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Nesta entrevista, conversamos com Ziati Comazi para entender melhor os desafios enfrentados pelas mulheres negras e pessoas trans no mercado musical, assim como a importância da representatividade e da inclusão. Também exploramos como a Nova Estação está trabalhando para transformar essa realidade adversa e promover a valorização desses artistas.

Acompanhe essa inspiradora conversa e descubra como a música pode se tornar um veículo de empoderamento e transformação social.

Quais são os principais desafios enfrentados pelas mulheres negras e pessoas trans no mercado musical?

Falta de capacitação e oportunidade. A vulnerabilidade social muitas vezes é o principal impedimento nos avanços dessas carreiras no mercado musical.

Como a falta de representatividade afeta a participação e a visibilidade das mulheres negras e pessoas trans na indústria musical?

Deixa-se de ter espaços protagonizados por mulheres negras e pessoas trans, evitando com que outros corpos e perspectivas acessem o poder de mudança e transformação.

Como outros artistas e o público podem contribuir para ampliar a visibilidade e a valorização das mulheres negras e pessoas trans na música?

Falando mais sobre o assunto, dando visibilidade, agindo de forma coletiva para apoiar a própria classe musical que ainda carece de diversidade e inclusão.

Até que ponto a falta de oportunidade e de acesso a recursos financeiros por mulheres negras e pessoas trans é a causa dessas dificuldades e até que ponto isso é resultado?

Entendemos que a base de uma estrutura social também é movimentada com dinheiro, para mover o bem-estar, as oportunidades e transformações. Uma pessoa com base socialmente econômica consegue desenvolver muito melhor seus desejos pessoais e profissionais.

Quais as perspectivas de mudança desse cenário?

Se continuarmos construindo ações para alertar a sociedade e os órgãos públicos sobre a necessidade dessa inclusão, é possível esperar que o cenário se torne mais igualitário entre todas as pessoas.

Como a Nova Estação atua para reverter esse cenário adverso? Quais os resultados são esperados e quais já foram alcançados?

Atuamos promovendo ações diretas com artistas que desejam seguir carreiras mas ainda não encontraram perspectivas. Ações de capacitação, formação, contato com instrumentos, acesso a livros que falem sobre temas que possam gerar conhecimentos sobre raça, gênero e sociedade. Esperamos que a cena alternativa usufrua da Nova Estação com toda força que puderem e com todo desejo que puderem. Em quase 2 meses de inauguração, mais de 100 artistas já frequentaram o escritório. Muitas e muitos participam das atividades que estão sendo promovidas pela Nova Estação e se sentem à vontade em compartilhar suas experiências conosco.


				
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