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Pop Bahia: conheça 10 cantoras negras e indígenas para renovar sua playlist

Pesquisa da plataforma Frequências Preciosas mapeia artistas do Estado para traçar um panorama da presença feminina do mercado musical

Marcelo Argôlo • 02/11/2022 às 18:00 • Atualizada em 23/11/2022 às 12:24 - há XX semanas

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					Pop Bahia: conheça 10 cantoras negras e indígenas para renovar sua playlist
Fotos: Edmundo Jr | Divulgação | Alice Rodrigues

A plataforma Frequências Preciosas está em fase de finalização da pesquisa “Cartografia das cantoras negras e indígenas da Bahia”. O estudo é coordenado pela produtora cultural e pesquisadora Júlia Salgado e busca traçar um panorama socioeconômico do trabalho de cantoras, cantautoras e intérpretes, apresentado num diagnóstico sobre a participação feminina nos negócios da música.

O encerramento do mapeamento culminará com dois produtos: um e-book gratuito com o relatório final de dados levantados da pesquisa e uma base digital georreferenciada, disponível no site das Frequências Preciosas, num mapa com o portfólio das cantoras cartografadas, oriundas de diferentes territórios de identidade da Bahia.

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“Um dos principais objetivos desta cartografia, é descobrir quem são as cantoras atuantes no ecossistema da música baiana: seus desejos, suas indagações, bem como descobrir questões socioeconômicas sobre a participação destas mulheres neste cenário”, explica Salgado.

A etapa de respostas da pesquisa terminou no final de outubro, contudo, as artistas que tiverem interesse em divulgar seus trabalhos na plataforma ainda podem mandar seu material. Basta concordar com os termos de direito de imagem, fazer o cadastro e preencher o formulário de envio disponível o site.

Confira algumas artistas negras e indígenas já mapeadas pela pesquisa:

Emillie Lapa

Cantora, multi-instrumentista, compositora, atriz, arte-educadora e diretora musical de espetáculos teatrais. São muitas as linguagens que a artista soteropolitana Emillie Lapa atua. Ela é também idealizadora e regente do Grupo de Mulheres Negras com Pandeiro na Mão. As criações de Emillie retratam o sagrado, a ancestralidade, além de temáticas negras contemporâneas, políticas e de afirmação identitária, uma ponte entre África – terra mãe e o Brasil.

Entre os trabalhos lançados pela artista, está o videoclipe do single "Morro" contemplado pelo projeto Música Viva e o videoarte do single Onilé criado pelo artista visual Denissena, ambos disponíveis no YouTube. Emillie Lapa é compositora de grandes sucessos, a respeito do single Banho de Folha, em parceria com Luedji Luna, também compôs o single Morada de Barro, em parceria com Natalyne Santos, canção premiada no Festival de Música Educadora 2021, na categoria canção mais votada pelos ouvintes.

Udi Santos

Mulher preta nascida/residente no subúrbio ferroviário de Salvador/ BA, rapper, cantora e compositora. É assim que Udi Santos se apresenta. Ela iniciou a carreira musical em 2017 e logo no início foi uma das fundadoras do grupo VisiOOnárias. Em 2 anos de atividade, o grupo lançou 4 singles acompanhados de videoclipes; tocou em diversas casas de shows, eventos e festivais, como o Carnaval de Salvador, Fórum Nacional de Mulheres no Hip-Hop, em Sergipe e Pernambuco, dentre outros. Junto com o grupo, ainda teve a oportunidade de participar de um encontro com o cantor Criolo.

Em 2019 Udi retoma sua carreira solo e se apresenta em palcos antes mesmo de lançar a primeira música, participa de eventos como Festival Nacional Elas Por Elas (RN), Festival Nacional de Mulheres no Hip-Hop, Festival Pretas no Poder, ensaio aberto LAB DICRÓ (RJ) dentre outros. Um dos lançamentos da artista em 2021 foi o single e videoclipe Não Podem Parar, que traz um feat com a rapper gaúcha B.Art. No trabalho, as artistas falam sobre ascensão preta, assunto que ambas enfatizam ao longo de suas carreiras, dentro de um beat de trap com aquela pitada de pagode baiano em umm produção musical assinada por Smplsmente.

Alissan

Natural de Feira de Santana-Ba, Alissan reside na cidade de Salvador-Ba. Canta desde a adolescência, mas só assumiu a música profissionalmente no ano de 2016, quando passou a ser aluna da Escola de Música da UFBA, no curso de Música Popular. Em 2021, lançou dois singles, uma música autoral, intitulada Sou eu, e uma versão da música Triste, louca ou má (Francisco, el Hombre). Ainda em 2021, foi uma das juradas do primeiro edital cultural da Qualicorp, o QualiCult, ao lado de nomes como os de Leci Brandão e Lucinha Lins. No ano de 2020 participou do programa The Voice Brasil, da Rede Globo.

Beatriz Tuxá

Pertencente ao povo Tuxá Kiniopará, da aldeia localizada ao oeste da Bahia, próximo a cidade de Ibotirama, Beatriz Tuxá é poeta, cantora, compositora e estudante de Produção Cultural na UFBA. Nas poesias e canções eu traz vivências, e a história de meu povo. Desde criança minha mãe e família perceberam meu talento e amor pela arte. Pensa que os povos indígenas têm o dom da arte desde que nascem: aprendem a dançar o toré, a tocar o maracá e a cantar os toantes e de uma forma muito natural. As inspirações para as poesias sempre foram, suas vivências dentro da aldeia e a história do povo Tuxá, que teve suas terras inundadas pela barragem de itaparica, cresceu ouvindo pais e avós contando como foi triste deixar tudo para trás. Os sons, o barulho da água, a natureza, sempre a encantam e inspiram.

Nitorê Akadã

Além de cantora, Nitorê Akadã é Ialorixá, atriz e arte-educadora da cidade de Salvador. Filha de Neguinho de Samba, nome fundamental na criação do Samba Reggae, ela se inspira nesse universo musical e relegioso para construir uma música que traz a ancestralidade com valor central. Iniciou sua experiência no Teatro por meio da Oficina de Performance Negra do Bando de Teatro Olodum. Atuou no "Bença", espetáculo que fala sobre ancestralidade, tempo e orixás. Foi bailarina no Bloco Afro Ilê Aiyê por 11 anos, além de ter participado do elenco de “Nau”, premiado musical realizado pelo Teatro da Queda, com direção de Thiago Romero. Além desses movimentos, a cantora é Black Influencer e milita pela liberdade religiosa e de expressão em suas redes sociais.

Jade Lu

A artista iniciou sua carreira aos 6 anos de idade cantando em uma igreja evangélica. Após um longo período de descobertas e experimentações como artista musical, Jade Lu deu seu primeiro passo profissional em 2018, quando cantou em coletivos e bares de Salvador, depois fez parte da banda “Xote Das Pretas" como backing vocal e em 2021 lançou o seu primeiro single "Mundo a Rodar", uma em parceria com o Aquahertz Corporation. O trabalho traz elementos do RAP, MPB e JAZZ, numa atmosfera leve e reflexiva.

Atualmente está no processo de produção de seu primeiro EP autoral, previsto para ser lançado ainda no ano de 2022. Jade Lu também é co-produtora e idealizadora do Sereia Sunset, evento cultural que movimenta a cena da comunidade da Pedra da Sereia, no Rio Vermelho.

Inaê

Mulher trans, negra e baiana de Salvador, Inaê atua como multiartista no Coletivo das Liliths, nascente de onde vem suas mais profundas noções de teatralidade e performance. Ela aprendeu a ser artista dentro de casa. Inaê traz na lembrança as primeiras imagens sonoras da relação com a família, seja do canto de sua mãe ou sua avó, seja dos momentos em que seu pai tocava violão e ela prontamente se inclinava na beirada da cama para cantar. Assim que ingressou na Licenciatura Teatro da UFBA, começou a estudar canto de forma sistemática. Suas referências musicais trazem elementos do samba de roda, MPB, sonoridades diaspóricas e sertanejas, o movimento tropicalista e as sonoridades baianas contemporâneas. Inclusive, foi no contato com a obra de Gal Costa que surgiu o desejo de ser cantora. Contudo, foi através de Elza Soares que ela se entendeu como uma cantora negra.

Raíssa Araújo

O instrumento da voz chega na vida de Raíssa Araújo através de sessões de Karaokê que aconteciam na casa da sua família, onde a percepção do seu timbre a leva em busca do aprimoramento. Em 2010, cursou a oficina livre de Canto na UFBA, com a professora Andrea Alves. Em 2013, passa pelo instituto Marcelo Mendes, Cesarte e , caminhante da vida executa suas performances nos bares com participações, onde cresce o seu ciclo musical. Já em 2017 começa a se apresentar em bares acompanhada pelo músico multi-instrumentista Maurício Lourenço. Em 2018 inicia seus estudos na universidade católica do salvador ( UCSAL) em licenciatura em música (piano), participa do projeto Sambaforrofone na varanda do Sesi – Rio vermelho , participa também do reality show The Voice Brasil. Em 2019 inicia o projeto A Ginga da Nzinga com a poetisa Thata Alves.

Danzi

Dona de uma voz marcante, Danzi é uma cantora e compositora Roots Rock Reggae. Ela busca construir sua imagem a partir do discurso de guardiã dessa tradição musical com um destaque na força feminina. Ela aposta na escrita e no flow como seus principais atributos artísticos para dar forma a uma expressão musical que mistura o Reggae, com Rap, Jazz e Dubs. A ideia de Danzi é promover uma mistura que crie uma atmosfera de energia positiva e palavra consciente, valores fundamentais do seu trabalho.

Denise Diniz

Cantora e compositora natural da Costa do Dendê, Denise Diniz é pesquisadora do  acervo cultural brasileiro. Ela iniciou sua carreira muito jovem em Salvador e aposta no seu timbre aveludado para buscar se destacar como intérprete de música brasileira. Entre os espaços por onde cantou estão o restaurante "Cantina da Lua", no Pelourinho; os hotéis  Sofitel (BA) e Grand Hyatt (SP); Tivolli (SP); o Bar Brahma (SP), além de ter realizado uma turnê na Europa contratada pelo restaurante Planet Brasil, na Bélgica. Atualmente Denise Diniz reside em São Paulo no intuito de  fortalecer a sua carreira artística. Em 2018, gravou o seu primeiro EP "Deusa Música" com participações especiais do maestro Deka Silva, Bocatto, entre outros.


				
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