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Tabus, Tretas e Troças

Campeonato Baiano: quando os times fizeram a sua festa do interior

FBF precisa rever o formato e o número de equipes em cada série do Campeonato Baiano e um calendário que permita a sobrevivência dos clubes

Silvio Tudela • 19/06/2023 às 9:00 • Atualizada em 21/07/2023 às 10:38 - há XX semanas

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					Campeonato Baiano: quando os times fizeram a sua festa do interior
Foto oficial do grupo bicampeão baiano do Atlético de Alagoinhas. Foto: Max Haack/FBF

Em 119 edições do Campeonato Baiano, somente em seis delas, os clubes do interior do estado conseguiram comemorar o título de campeão. A hegemonia dos times da capital foi quebrada pelo Fluminense de Feira de Santana, em 1963, que repetiu o feito em 1969. Com status de time sempre competitivo, a mais tradicional equipe da cidade conhecida como Princesa do Sertão ainda conquistou seis vice-campeonatos, mas hoje disputa a Série B do principal torneio estadual.

Foram necessários mais 37 anos para que a Bahia tivesse um novo campeão vindo do interior e ele foi o Colo-Colo de Futebol e Regatas, de Ilhéus, em 2006. Um outro triunfo interiorano se repetiu com o Bahia de Feira, em 2011. Dez anos depois, o Atlético de Alagoinhas, levantou a taça e repetiu o feito, conquistando o primeiro bicampeonato seguido vencido por um time do interior (2021 e 2022).

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Mesmo com os times interioranos fazendo frente aos poderosos Bahia e Vitória nos últimos campeonatos estaduais disputados, no cenário nacional eles ainda continuam restritos às divisões de menor expressividade, participando somente de algumas competições, através das vagas asseguradas ao estado pelo regulamento do torneio.

Apesar da pequena competitividade, o que é um fenômeno comum em estados com campeonatos muito fortes, como o Paulista e o Carioca, por exemplo, os clubes do interior são responsáveis muitas vezes por retirar pontos importantes dos eternos favoritos e acabam se tornando os fiéis da balança na definição da final e da decisão do título.

Mais que isso, inscreveram seus nomes na história e mesmo que não mais existam ou estejam na indesejada Segunda Divisão, o confronto entre alguns deles configuram os clássicos do futebol da Bahia. Há os derbys (ou dérbis, segundo o aportuguesamento da palavra original inglesa), que representam um jogo muito competitivo entre duas equipas da mesma cidade. Conheça alguns que marcaram a história do futebol baiano.

Camaçari:

  • Clássico do Polo: Camaçari x Camaçariense

Feira de Santana:

  • Bahia de Feira x Feirense
  • Bahia de Feira x Fluminense de Feira
  • Feirense x Fluminense de Feira

Juazeiro:

  • Ju-Ju: Juazeirense x Juazeiro

Vitória da Conquista:

  • Clássico do Café: Serrano x Vitória da Conquista

Há outras disputas muito interessantes entre times de cidades diferentes que mantém outras rivalidades, além das clubísticas, como:

  • Atlético de Alagoinhas x Camaçari
  • Atlético de Alagoinhas x Vitória da Conquista
  • Fluminense de Feira x Vitória da Conquista
  • Clássico da Laranja: Atlético de Alagoinhas x Catuense (que mandou seus jogos por um bom tempo em Alagoinhas e nessa época a cidade era a maior produtora de laranja da Bahia)
  • Clássico do Cacau: Itabuna x Colo Colo (Ilhéus)
  • Clássico do Sertão: Atlético de Alagoinhas x Fluminense de Feira
  • Clássico do Sudoeste: Guanambi x Serrano (Vitória da Conquista)
  • Clássico do Sudoeste: Poções x Vitória da Conquista

Com tantas boas histórias e recordações para seus torcedores é uma pena que muitos desses times (inclusive ex-campeões) estejam restritos a uma divisão inferior e que outros tantos tenham desaparecido ou estejam tentando ressuscitar.

Talvez já tenhamos passado da hora de repensar o formato do Campeonato Baiano, o número de clubes em cada série e a criação de um calendário que permita que a grande maioria deles sobreviva durante o ano nos meses sem competição. Somente com um futebol do interior forte, competitivo e profissionalizado, os times da Bahia conseguirão maior respeito, representatividade, poder de decisão e conquistas no cenário nacional.


				
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Imagem ilustrativa da coluna Tabus, tretas e troças com Sílvio Tudela
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