A história da Seleção Brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo é marcada por campanhas diversas. Seja pela tranquilidade, como em 1958, 1962 e 1970, ou pelo drama, como em 1994 e 2002, as Eliminatórias sempre foram um retrato antecipado do que viria no torneio.
1958: o caminho para a primeira estrela
As Eliminatórias para a Copa da Suécia colocaram o Brasil no grupo com Peru e Venezuela, que desistiu, restando apenas o duelo contra os peruanos. A Seleção fez 1 a 1 em Lima e 1 a 0 no Maracanã, garantindo presença no Mundial. Era apenas o início de uma jornada que terminaria com Pelé, Garrincha e companhia levantando a primeira taça.
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1962: a confiança do bicampeão
Um total de 56 seleções participaram das Eliminatórias da Copa do Mundo da FIFA de 1962, competindo por um total de 16 vagas na fase final. O Chile, como anfitrião, e o Brasil, como atual campeão, se classificaram automaticamente, deixando 14 vagas abertas para a competição. A equipe confirmou o favoritismo e conquistou o Bicampeonato.
1970: da desconfiança à campanha perfeita
As Eliminatórias para o México foram um divisor de águas. Após a traumática eliminação no Mundial de 1966, o Brasil enfrentou forte desconfiança. Sob o comando de João Saldanha, o time fez campanha impecável: seis vitórias em seis jogos contra Paraguai, Colômbia e Venezuela, com 23 gols marcados e apenas 02 sofridos. A classificação invicta deu confiança a um elenco histórico, que no México, sob a gestão de Mário Jorge Lobo Zagallo por questões políticas, encantaria o mundo e conquistaria o Tricampeonato.
1994: a classificação sofrida
Se em 1970 tudo foi tranquilo, o mesmo não se pode dizer de 1994. O Brasil viveu um de seus caminhos mais turbulentos até o Mundial. Nas Eliminatórias Sul-americanas, enfrentou Bolívia, Uruguai, Equador e Venezuela. A derrota por 2 a 0 para a Bolívia, em La Paz, marcou a primeira vez que a Seleção perdeu um jogo de Eliminatórias. A classificação só veio na última rodada, com vitória dramática sobre o Uruguai por 2 a 0 no Maracanã, em partida que entrou para a história como “o jogo da reabilitação”. O sofrimento se transformaria em redenção nos Estados Unidos, com o Tetracampeonato, que também veio de forma sofrida, nas penalidades máximas.
2002: o sufoco até o Penta
As Eliminatórias para o Mundial da Coreia do Sul e do Japão foram as mais longas e difíceis até então. Pela primeira vez, todos os países sul-americanos jogaram entre si em turno e returno. O Brasil, em crise técnica e administrativa, usou quatro treinadores durante a campanha (Vanderlei Luxemburgo, José Cândido Sotto Maior, mais conhecido como Candinho, Emerson Leão e Luiz Felipe Scolari). A Seleção perdeu seis jogos, incluindo derrotas para Paraguai, Chile, Equador, Uruguai, Argentina e Bolívia, e chegou a correr risco real de ficar fora da Copa. Só garantiu a classificação na penúltima rodada, ao vencer a Venezuela por 3 a 0 em São Luís (MA). Já no Mundial, Felipão conseguiu reorganizar o grupo, que conquistou o Pentacampeonato com Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho brilhando.
2026: classificação tumultuada
Com um ambiente turbulento em campo, muita bagunça administrativa na CBF, e diversos recordes negativos quebrados, da queda no Qatar, em 2022, até o momento, comandaram a Seleção Brasileira os técnicos Ramon Menezes, Fernando Diniz, Dorival Júnior e Carlo Ancelotti. Faltando ainda o jogo contra a Bolívia, que sonha com a repescagem na altitude de La Paz, a Seleção Brasileira, já classificada, obteve nas Eliminatórias 08 vitórias, 04 empates e 05 derrotas (frente a Uruguai, Colômbia e Argentina em pleno Maracanã em três jogos seguidos, Paraguai e Argentina novamente na goleada histórica de 4 a 1 em Buenos Aires). Na sexta rodada, a Seleção Brasileira ocupava a sexta colocação, o último posto para a classificação direta para a Copa do Mundo de 2026. Aos trancos e barrancos, mas já com muita esperança pela evolução do time nas rodadas finais e a chegada de uma nova geração de jogadores sob o comando de Carlo Ancelotti, o Brasil vai em busca do Hexacampeonato.
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