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Tabus, Tretas e Troças

Copa do Mundo avança com 13 seleções classificadas e desafios

Com regras migratórias diferentes, os três países-sede estão imersos em um contexto de tensões geopolíticas e aumento da pressão sobre imigrantes

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Sílvio Tudela

11/08/2025 às 9:00 - há XX semanas
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A Copa do Mundo de 2026 já tem 13 seleções garantidas após as últimas rodadas das Eliminatórias. Brasil e Equador se classificaram recentemente, juntando-se aos anfitriões Estados Unidos, México e Canadá, além de Argentina, Austrália, Japão, Irã, Jordânia, Coreia do Sul, Uzbequistão e Nova Zelândia. A edição marcará a estreia do formato ampliado para 48 seleções, em um Mundial que se espalhará por três países com realidades políticas, migratórias e climáticas muito distintas.


					Copa do Mundo avança com 13 seleções classificadas e desafios
​Foto: Fifa

Além de abrir espaço para mais nações sonharem com o Mundial, o torneio será um teste de coordenação logística, tecnológica e de segurança sem precedentes. A Copa do Mundo de 2026 promete ser palco de inovações como transmissões em 8K, VAR semiautomatizado, estádios inteligentes com realidade aumentada e uso de blockchain nos ingressos, visando reduzir fraudes e facilitar o acesso dos torcedores.

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No entanto, os desafios são proporcionais ao tamanho da competição. A extensa distância entre as sedes – mais de 4.800 km separam Vancouver da Cidade do México, por exemplo – obriga seleções, torcedores e imprensa a planejarem deslocamentos complexos entre as sedes. Além disso, os três países possuem regras migratórias diferentes, o que pode gerar filas, atrasos e reclamações, em um contexto de tensões geopolíticas e aumento da pressão sobre imigrantes em diversos pontos da América do Norte.

Tempestades e paralisações podem afetar o ritmo dos jogos

Outro ponto de atenção para 2026 são as paralisações por tempestades com raios, um protocolo de segurança comum em eventos esportivos nos Estados Unidos, respeitado em partidas da NFL, MLS, grandes shows e na Copa do Mundo de Clubes. Um representante da FIFA explicou que, por ora, as paralisações não preocupam a entidade, lembrando que a regra estava clara desde as negociações iniciais para a proposta tripla de sediar o torneio. Ainda assim, a entidade admite que o tema poderá ser levado em consideração nos debates sobre o esquema de horários para os jogos.

Segundo especialistas, as tempestades com raios são mais frequentes no leste dos EUA devido ao ar úmido vindo do Golfo do México. Das 11 cidades-sede no país, oito estão nesta zona de maior risco de chuvas e raios, incluindo Boston, New Jersey, Philadelphia, Atlanta, Miami, Kansas City, Dallas e Houston.

Durante a Copa do Mundo de Clubes, seis partidas foram paralisadas por questões climáticas e as interrupções podem se tornar problemáticas em rodadas simultâneas da fase de grupos, que exigem jogos no mesmo horário por interferirem entre si nas classificações. Para o técnico do Chelsea, Enzo Maresca, campeão do torneio, as paralisações comprometem a integridade esportiva: “Interrompe o ritmo. Os jogadores falam com os familiares, as pessoas começam a correr, eles pegam celular. Isso não é algo que deveria acontecer. Entendo que seja por segurança, mas se você suspende seis, sete ou oito jogos, talvez este não seja o lugar para fazer a competição.”

Desafios de segurança e sustentabilidade

A segurança será outro desafio, com a necessidade de coordenação entre sistemas de inteligência de três países em um período de alta circulação de turistas e tensões políticas internas, especialmente nos EUA. O México ainda enfrenta desafios de violência local em algumas regiões, exigindo um esforço extra para garantir a tranquilidade do evento.

Há também a pressão por sustentabilidade em tempos de crise climática, em um torneio que consumirá grandes volumes de energia e combustíveis para deslocamentos entre sedes, além de demandas por políticas de compensação de carbono.


					Copa do Mundo avança com 13 seleções classificadas e desafios
​Foto: IA / ChatGPT

Entre vitrine tecnológica e tensões migratórias

Apesar dos desafios, a Copa de 2026 promete uma experiência inédita, sendo uma vitrine de inovação tecnológica e conectividade para os torcedores. Porém, as tensões migratórias causadas pela política de governo de Donald Trump podem transformar o que seria uma Copa do Mundo integrada em três países em três torneios regionais dentro de uma só, limitando a mobilidade espontânea de torcedores pela América do Norte.

Em meio a um cenário global de tensões geopolíticas, mudanças climáticas e pressões por maior inclusão, a Copa do Mundo de 2026 poderá ser um marco para o futebol e um termômetro da capacidade de eventos globais se adaptarem a um mundo cada vez mais complexo e complicado.

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