Daqui a 10 dias, o Brasil finalmente entra em campo na Copa do Mundo para mais uma vez tentar o Hexacampeonato. Será a nossa quinta tentativa após as eliminações para a França (2006), Holanda (2010), Alemanha (2014) e Bélgica (2018), todos europeus.
Após mais de 20 anos de sua última conquista, a Seleção Brasileira chega novamente como uma das favoritas ao título, mas não é a única. Mais que isso, a equipe convocada ainda não tem a total confiança do torcedor, que já viu times muito mais empolgantes se darem mal nesse período de jejum. Outro fato que tem deixado os brasileiros apreensivos tem a ver com as escolhas do treinador.
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A crônica esportiva foi praticamente unânime nas críticas à convocação de Daniel Alves. E na análise de que temos uma defesa sólida e experiente com jogadores mais velhos e com muitos atacantes jovens e em boa forma física.
Aparentemente, parece uma decisão acertada de Adenor Leonardo Bachi, mais conhecido como Tite. Mas, no conjunto, a falta de volantes e de jogadores de meio-campo pode ser uma aposta bastante arriscada. Isso porque nos jogos com equipes mais fortes, a possibilidade é de um confronto truncado disputado na parte central do campo - área em que o Brasil não parece estar muito forte.
A dúvida que fica é quem fará o lançamento da bola da defesa para o ataque perante adversários embrutecidos. Isso por conta da valorização da força física e pelo estilo de jogo europeu, baseado muitas vezes na disputa da famosa bola aérea por jogadores muito altos.
Para complicar a busca do Hexa, o grupo classificatório do Brasil terá as seleções europeias: da Sérvia, que simplesmente despachou Portugal para a repescagem; e da Suíça, que tirou de cena a tetracampeã Itália e última campeã da Eurocopa. São os mesmos adversários de 2018, porém ambos chegam com mais confiança, pois já conhecem a forma brasileira de jogar. A Seleção Brasileira ainda enfrenta Camarões, com quem jogou no Mundial de 2014, e que se classificou sem muitos contratempos nas eliminatórias africanas.
Nos panoramas analisados por sites esportivos e casas de apostas, caso a classificação do Brasil seja confirmada em primeiro lugar para as fases eliminatórias e levando-se em conta somente a possibilidade de encontrar europeus favoritos pelo caminho, o caminho pode ser o seguinte:
- Oitavas: Portugal;
- Quartas: Alemanha (carrasca em 2014), Bélgica (algoz de 2018), assim como a vice-campeã mundial Croácia ou a sempre perigosa Espanha;
- Semifinal: Holanda (que nos eliminou em 2010);
- Final: Inglaterra, vice-campeã da última Eurocopa, ou França, atual campeã mundial e a grande carrasca do futebol brasileiro por ter adiado os sonhos do Hexa em 2006, do Penta em 1998 e do Tetra em 1986.
Em outros cenários, deixando europeus pelo caminho e apostando nos times favoritos e seleções tradicionais, Argentina e Uruguai podem ser nossos adversários das Oitavas à Grande Final.
A conferir se (e até quando) a estratégia de Tite funcionará, mas que a parada promete ser duríssima, isso é fato!
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Sílvio Tudela
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