Esporte: quem aposta em uma volta por cima de Neymar?

Com dezenas de lesões nos últimos dez anos, o atacante Neymar parece, aos olhos de muitos especialistas e torcedores, caminhar para um ‘triste final de carreira', o que nem será tão dramático assim, uma vez que o milionário jogador parece não se importar muito com o desfecho de sua trajetória no futebol. Enquanto seus milhões de fãs espalhados pelo mundo esperavam que ele fosse conquistar a Bola de Ouro e ser o Melhor do Mundo, o craque da Seleção Brasileira não chegou nem perto de ser favorito e de conquistar a Copa do Mundo, o auge de todo jogador.

Fora até o final desta temporada após uma cirurgia no tornozelo, as expectativas sobre o retorno em alto nível do jogador vão ficando cada vez menores. Diante dos seguidos infortúnios, a reação de Neymar aparece nas redes sociais, através de frases auto motivacionais, com a legenda "Eu vou voltar mais forte".

A realidade, porém, parece jogar contra o Camisa 10, pois as recorrentes lesões em tão curto espaço de tempo acontecem ao mesmo tempo que ele vai ficando mais velho. Pior ainda é a falta de empenho em demonstrar publicamente que vai voltar mais forte, pois o histórico das recuperações mostra quase sempre um jogador que sempre encontra uma forma de viajar pelo mundo, de se envolver em baladas animadas e de realizar o processo de fisioterapia geralmente no Brasil, longe do clube que defende e junto aos seus parças.

Na semana em que passou, não apareceram fotos ou vídeos do jogador do Paris Saint-Germain se empenhando em voltar com força, mas chorando nas redes sociais por ter perdido o equivalente a R$ 5,6 milhões numa live em jogo de pôquer. Segundo fontes da imprensa, o atacante é garoto-propaganda de um portal de apostas online.

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Se a vida como atleta já não lhe agrada tanto como faz parecer, seja no time francês ou na Seleção Brasileira, cabe à CBF e ao futuro treinador da equipe verde e amarela a reflexão se Neymar é ainda um nome a se apostar para as próximas competições. Afastado de forma melancólica e dramática do time canarinho no Mundial de 2014, após a violenta agressão do colombiano Juan Camilo Zúñiga, o jogador se transformou em meme durante a Copa da Rússia por tantas quedas circenses e mirabolantes e por sua atuação apática no jogo em que o Brasil foi eliminado pela Bélgica. Já em 2022, no Qatar, quando parecia estar certo ao defender a estratégia de segurar o resultado, não conseguiu exercer a liderança que dele se esperava junto aos jogadores quando o Brasil vencia a Croácia por 1 a 0 e viu o sonho do Hexacampeonato se desfazer com o empate e a eliminação nos pênaltis.

Parece que ao perceber também a má vontade dos torcedores brasileiros em contar com ele nas próximas competições, Neymar já não demonstra muita gana em disputar a próxima Copa do Mundo, quando terá 34 anos e, provavelmente, mais lesões no currículo.

A pergunta que fica não é se Neymar estará na próxima Copa do Mundo, mas se seguirá no universo futebolístico. Como esportista muitas vezes imaturo e irascível ao longo da carreira, já demonstrou que não tem perfil de liderança e de conciliação para ser treinador ou disciplina e resiliência para se tornar um dirigente constantemente sob críticas, mas pode, quem sabe, comprar e ser dono de um time de futebol. Infelizmente, para o futebol, Neymar não se aproximar das histórias de Ronaldo Fenômeno, que voltou sim muito mais forte após graves lesões, e conquistou o Pentacampeonato, ou de Lionel Messi, que após ser muito criticado no seu país e atuando como capitão, aos 35 anos, levou a Argentina ao seu brilhante Tricampeonato.