Ao contrário do modelo mais ofensivo adotado na primeira fase, os anfitriões foram para as oitavas de final numa clássica retranca, com cinco zagueiros e todos os homens de linha defendendo. Favoritos, os espanhóis tampouco encantaram, longe disso. Praticaram um futebol burocrático e entediante. O resultado foi um jogo frio e empate em 1 a 1 durante 120 minutos, entre tempo normal e prorrogação. Na primeira disputa por pênaltis da Copa, a Rússia soltou outra zebra e eliminou a Espanha, para delírio dos presentes no Estádio Lujniki, em Moscou. O herói foi o capitão Akinfeev, que defendeu as cobranças de Koke e Iago Aspas.
Depois de fazer variações no meio-campo nas três partidas da primeira fase, quando revezou Thiago, Koke e Lucas Vásquez, Fernando Hierro decidiu tirar Iniesta do time titular para as oitavas de final. Em seu lugar, entrou o jovem Asensio na linha de três do 4-2-3-1 de La Roja.
Do outro lado, Stanislav Cherchesov abandonou o mesmo esquema espanhol para adotar um conservador 5-3-2, com Mário Fernandes e Zhirkov atuando ora como laterais, ora como alas. Outra mudança significativa foi a saída da sensação Cheryshev, que começou no banco de reservas.
Aos 12 minutos, Nacho sofreu falta no lado direito de ataque. Asensio cobrou na área, a bola bateu em Ignashevich e entrou no gol de Akinfeev. Sérgio Ramos, que estava na disputa com o zagueiro russo, saiu comemorando, mas o árbitro anotou corretamente o gol contra. 1 a 0 para a Espanha.
Com o placar favorável, os espanhóis passaram a controlar o jogo utilizando sua característica de passes curtos e posse de bola. Muito recuada, a Rússia não subia para pressionar a Espanha, que calmamente seguia se poupando e trocando toques na intermediária russa.
O empate russo veio no final do primeiro tempo, graças a um pênalti. Em cobrança de escanteio, Piqué subiu com o braço esticado e tocou com a mão na bola. Penalidade marcada, Dzyuba deslocou De Gea e deixou a partida em 1 a 1.
Precisando do gol, a Espanha finalmente deixou a posse inócua e passou a atacar mais a Rússia, que seguia sua tática de se fechar atrás para tentar sair no contra-ataque. Mesmo assim, as chances claras não surgiam, e os times não pareciam se incomodar tanto com o empate.
Apenas aos 22 da etapa final Hierro decidiu colocar Iniesta em ação, que entrou na vaga de um desligado David Silva. A dinâmica contudo, não se alterou. A Rússia fazia uma defesa feroz, digna da batalha de Stalingrado, e a Espanha se limitava a passes sem a menor objetividade.
Conservador, sem colocar dois atacantes e mudar o esquema, Hierro sacou o pesado Diego Costa para colocar o rápido Iago Aspas. O perigo, contudo, saiu dos pés do lendário ex-jogador do Barcelona. EM boa jogada, Iniesta pegou de primeira, e Akinfeev fez boa defesa. No rebote, Aspas bateu cruzado, mas foi parada por outra grande intervenção do goleiro russo.
Com uma Rússia ultradefensiva e uma Espanha nada contundente, o jogo seguiu na mesma toada, sem emoções, até o apito final que levou à prorrogação. E nada mudou nos 30 minutos de tempo extra. La Roja atacava sem se arriscar, trocando muitos passes para o lado, e os russos se defendiam com todos os homens de linha em frente à área de Akinfeev.
Então, o duelo foi resolvido na primeira disputa de pênaltis do Mundial.
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Redação iBahia
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